Ando com saudade de casa...

Ando com saudade de "casa",

Da casa que me abrigou,

Dos abraços que me aqueciam...

Era mais fácil quando a vida se resumia em tomar um café fresquinho, escutar o caburé piar e acender a lenha no fogão para esquentar as mãos nas manhãs frias do outono...

Nessa época os dias eram mais pacientes, e as horas, muito mais vagarosas, nos permitindo contemplar o sereno que molhava com mansidão a terra...

Era mais dócil quando a alegria brotava do nada e a rara chuva que caía era motivo de aconchego.

Ando com saudade da comidinha simples e gostosa que sempre vinha acompanhada de sobremesa...

Do carinho dos cachorros que encostavam os focinhos para agraciarmos seus pêlos...

Do cafuné da vó, da prosa com os tios, das "invenções de moda" com os primos,

Do chão que me viu crescer...

Tem dias que, correr esse "mundão" de Deus, não é mais prioridade, porque o que nos completa ainda espera por nós, e a gente sabe que está ali no lugar que conhecemos de cór e salteado.

Nessa hora o coração aperta e os olhos viram o rio que brilha na claridade da lua.

Acho que o passar dos anos me deixou mais sensível ou na verdade sempre fui...

É...

Tem dias que a gente só quer se abrigar.

Ando com saudade de casa...

Eu me chamo Antônio.

Antônio de Magalhães
Enviado por Antônio de Magalhães em 08/04/2025
Código do texto: T8304813
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