ULISSES E NOSSAS TENTAÇÕES!
PROTEJA-SE DAS TENTAÇÕES!
Existe um famoso mito grego chamado "Odisseia", de Homero, que diz que, entre os perigos que esperavam Ulisses em sua viagem de volta para casa, estavam as sirenas, criaturas metade mulher e metade pássaro, cujas canções encantadas atraíam os marinheiros para a morte nos penhascos rochosos. A única maneira de os marinheiros passarem ilesos pelas sereias era não as ouvirem cantar. Ulisses, então, ordenou à sua tripulação que todos passassem cera de abelha nos ouvidos de maneira bem firme para que não ouvissem os cânticos.
Bem, todos nós sofremos tentações na vida. Uns mais e outros menos, mas todos sofremos. Quando se fala de tentação, a primeira coisa que vem à mente é o quesito sexual. Sim, é verdade que uma das grandes tentações, principalmente em uma época de hipersexualidade, é, sem sombra de dúvidas, o sexo. Isso é fato. Nós, homens, por exemplo (não que mulheres não sejam também), casados ou solteiros, somos tentados diariamente por nossos desejos, ora naturais, ora adúlteros.
No entanto, tentações não se restringem apenas à área sexual. Elas podem se dar em diversas áreas da nossa vida. Por exemplo: há pessoas cuja tentação é falar tudo o que lhes vem à mente. Elas até querem controlar a língua (muitos não), mas é mais forte do que elas. Tentam engolir seco para não ofender, mas muitas das vezes não conseguem. Outros são tentados pela ganância. Por mais que já tenham uma vida tranquila, boa e abençoada financeiramente, não se contentam com o que têm e querem mais, perdendo assim tempos preciosos com familiares e amigos. Até querem ser menos gananciosos, mas a tentação é mais forte e não resistem.
Outros ainda enfrentam a tentação por comida. Querem parar, mas um pedaço de pizza, um bolo e uma colherada de sorvete a mais são mais fortes, e assim sucumbem ao desejo. Por isso, assim como Ulisses, do mito grego, que teve a ideia de colocar cera nos ouvidos dos marinheiros para que não fossem seduzidos pelas sereias, precisamos encontrar mecanismos para não sucumbir às tentações. Uma espécie de barreira. Um tipo de alerta, como o que existe no Japão para a prevenção de terremotos ou nos EUA para os furacões. Para que, só assim, quem sabe, consigamos suportar.