REDUÇÃO DE GASTOS PÚBLICOS?

Todos nós sabemos que ser político no Brasil é gozar de privilégios que o cidadão comum não goza. Ser político, para a grande maioria deles, é uma profissão e não uma vocação. Aqui, há políticos com 10, 20, 30, 40 ou mais anos sendo eleitos, se reelegendo ou ajudando a eleger seus parentes e familiares (o tal do nepotismo).

Além dos salários, recebem uma rechonchuda verba de gabinete para custear suas viagens, vestuário, alimentos, moradia etc. Fora as férias; aliás, os recessos de meio e fim de ano, com mais de 30 dias de descanso.

Esta é a realidade da política brasileira. Quando falam de reformas e redução de gastos, nunca começam por eles. É por isso que brasileiro que briga por políticos, com todo meu respeito, é muito otário.

Um outro problema que também temos são as chamadas elites do funcionalismo público que existem nos três poderes (legislativo, executivo e judiciário). Não estamos falando do funcionário público que trabalha na cantina da escola, na carpinagem ou na garagem limpando, por exemplo, os carros de juízes e desembargadores.

É da elite do funcionalismo público que ganha muitíssimo bem e recebe vários benefícios. Mas, quando se fala de redução dos gastos públicos, ninguém toca neste assunto.

Temos também leis constitucionais que, embora sejam legais, ou seja, estejam na lei, são imorais. Entre as elites militares do Exército, Marinha e Aeronáutica (falo de oficiais e não de praças, que são os soldados, cabos e sargentos), estão as filhas destes oficiais que, mesmo tendo plenas condições físicas, psíquicas, saudáveis, bonitas etc., continuam recebendo pomposos salários de seus falecidos pais, simplesmente porque a lei permite. E também ninguém fala nada.

Enfim, esses e outros absurdos deveriam acabar se queremos falar sobre a redução de gastos públicos; do contrário, é um discurso demagógico e populista.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 14/11/2024
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