SEU CANDIDATO GANHOU. E AGORA?
Hoje, ao ir votar deparei-me com um jovem motoboy (nada contra motoboys, pelo contrário) perguntando para um dos representantes do local de votação quais eram os números disponíveis dos candidatos. O representante sem jeito e graça dizia que não poderia falar porque estaria influenciando. O jovem saiu da sala e foi procurar alguém que pudesse orientá-lo a escolher um número qualquer.
Há no Brasil basicamente três tipos de eleitores. O primeiro é mais ou menos semelhante a este jovem que vota meio que por obrigação (acho que todos nós votamos assim) mas que não sabe absolutamente nada a respeito de política. É como se fosse uma criança que apenas vai brincar de apertar um botão e pronto. Políticos geralmente adoram eleitores assim!
O segundo tipo é aquele um pouco mais antenado, que assiste aos debates, lê algumas matérias e se interessa minimamente pelos acontecimentos que movem a sociedade. E, o terceiro é o devoto capaz de romper laços familiares, de amizades e tumultuar ambientes de trabalho para defender com uns e dentes seus candidatos. Estes poderiam ser facilmente chamados de extremistas independentemente de serem de direita, centro ou esquerda.
No entanto, eles (nós) tem uma coisa em comum que é não fiscalizar e nem cobrar o político que escolheu a colocar lá. Pelo contrário, são capazes (principalmente os extremistas) de tudo para defende-los no que é um grande absurdo e erro. Porque deveria ser justamente a pessoa que votou no candidato eleito à primeira a criticar e cobrar quando assim precisar. Só que aqui no Brasil parece ser o contrário. Quem ousa criticar o candidato de pessoas assim será, por exemplo, taxado de fascista, comunista, anti isso, anti aquilo, à favor disso etc. Mesmo que comprovadamente seu político tenha errado. É impressionante à cegueira.
Enfim, se o seu (nosso) candidato ganhou às eleições é dever seu à partir de agora ser o primeiro (a) a fiscalizar, cobrar e criticar ele ou ela e, não idolatrar, tratando-o apenas como mero prestador de serviço da sociedade. Porque qualquer coisa além ou aquém disso é infantilidade para não dizer burrice!