Hostilidade. 

Em nosso mundo, muitas moscas agiram sobre os que estavam habituados ao pensamento de sua época; Sócrates, condenado à morte por corromper a juventude, é até hoje lembrado pela mesma. Martin Luther ‘king’, lutou pelos direitos dos negros, mais tarde silenciado, porém, suas palavras nunca deixarão de ser ditas. Maria da Penha, que somente após estar paraplégica, foi ouvida, e agora virou lei. Dentre milhares de outros que sinto por não lhes invocar aqui. “Esses ideais não podem se espalhar” era o que passava na mente daqueles que sentenciavam, por trás de seus gabinetes. Mal sabiam esses infelizes que o que estavam fazendo serviria como catalisador de novas eras. Surgiram os incrédulos, os blasfemadores, sodomitas, tolos e vagabundos. Não contentes com isso, resolveram misturar os termos.

O profano foi banalizado, a mulher enrolada em panos, escondendo sua existência. Para ambos, foi dada a sentença de se ocupar com trabalho, marginalizando afrodescendentes, tornando-os indignos de existir ali.

Aqueles que pensam diferente são loucos! E aqueles que agem de forma diferente, que sejam consagrados com títulos vis! Faça isso, seja aquilo, se espelhe nisso, se molde entorno disso... Uma penitência sem fim. Esses grupos cresceram e agora ganharam voz, desprendendo-se das cinzas, personalidades sexuais diversas, modos de ser diversos e maneiras novas de fazer o mundo girar. Fruto do existencialismo, o ser agora é consagrado.“É o novo humanismo”.

O conservadorismo nunca esteve tão aflito! Os gritos dessa gente ecoam por todo canto, demonstrando a opressão obtida por todos os tempos e momentos, como se seu sangue carregasse a indignação e o desejo de libertação.

O que mais se destaca são aqueles regulando os desejos alheios. Se nem mesmo o poderoso Vesúvio pôde cobrir os rastros das façanhas sexuais em Pompeia, quem poderá fazê-lo?! Estamos em um novo momento, onde os crucificados são mulheres, transexuais, bissexuais, ‘homossexuais’ lésbicas, negros, dentre outros que são constantemente expostos a situações desumanas. “Temos um sonho”, a sentença deixou de ser no singular.

Milhares foram atirados à fogueira, à sentença, ao suplício e ao esquecimento. Que os gritos desses se tornem as vozes dos que não poderão falar! Deixe de intolerância e deixe o povo se amar!

Ivan Santos Professor
Enviado por Ivan Santos Professor em 15/09/2024
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