Golpe de Estado no Brasil - A Cronologia
Fala-se muito, com relação ao oito de janeiro, na tentativa de golpe de estado no Brasil. Em nome desta narrativa, pessoas foram presas em massa, em frente aos quarteis e estão sendo julgadas sem o devido processo legal, em inquéritos conduzidos de forma ilegal pelo ministro Alexandre de Morais.
Um dos argumentos de algumas pessoas a favor de tais ações é que os outros ministros avaliam estas ações ilegais.
Nós já vimos estas validações por instituições de estado em regimes autoritários como no nazismo e mesmo hoje observamos estas aberrações em ditaduras como da Venezuela, da Nicarágua e da Coreia do Norte só como exemplos.
O golpe de estado e não a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2022, começou na verdade quando Fachin decidiu numa canetada e após anos de andamento do processo e dele ter percorrido todas as instancias, que ele, deveria ter corrido na verdade em Brasilia e não na vara de Curitiba.
O processo contra Lula foi anulado, voltando à estaca zero e Lula passou a ser um descondensado com o processo de branqueamento de sua ficha cadastral e do seu CPF.
Lula foi a seguir tornado elegível no curso deste golpe e levado à cadeira presidencial num processo totalmente viciado e parcial.
A quebra de um preceito direito fundamental como o de opinião e livre pensamento refletido na fala de Carmem Lucia: “vamos censurar, mas só até dezembro após as eleições”, estabeleceu um padrão para que o psicopata Alexandre de Morais fizesse eclodir todo seu espirito de ditador, calando opositores de regime, banindo perfis das redes sociais, aplicando multas homéricas e prendendo pessoas sem nenhum respeito ao devido processo legal e sem observância de direitos fundamentais como cláusulas pétreas da constituição.
O oito de janeiro representou na verdade a cartasse coletiva contra os desmandos do famigerado ministro, contando é claro, como é bem seu feitio de catalizadores esquerdistas que inflamaram os eventos daquele histórico dia.
Porque os outros ministros de STF não usaram o seu poder de contenção e passaram a apoiar estes atos ilegais? Porque este apoio em princípio, atendia aos seus interesses políticos e ideológicos, já que a corte em sua maioria indicado por presidentes de esquerda, não tendo coragem de assumir abertamente suas tendências políticos/partidárias, viram no maluco tresloucado Alexandre o biombo perfeito para se protegerem de críticas, transformadas convenientemente em ataques ao STF e a democracia relativa.
Agora que esta situação chegou a este nível crítico, a manutenção deste apoio é considerada como necessária para se manter uma blindagem a qualquer preço da corte, já que a queda de Alexandre poderia enfraquecer esta estrutura artificial de proteção e até provocar sua fragmentação. Se trata do clássico “abraço dos afogados”.
As denúncias que estão vindo à tona pela vaza toga e aquelas postadas após o pseudo banimento do X no Brasil (visto via VPN ou por algum correspondente em Portugal), mostra bem o descalabro que nós chegamos nas relações promiscuas e descaradas dentre os poderes, quando os interesses particulares sobrepostos aos públicos, são expostos até pela imprensa parceira de crimes, como se algo natural e republicanos fosse. Perdeu-se no Brasil a vergonha na cara.
Assim com sabemos que tem pessoas de natureza ruim, que fazem malfeitos e culpam terceiros, forjam provas, assim também o Alexandre de Morais com aval ou omissão de seus pares tem feito isto.
Não se trata de culpar esquerda, direita ou centro, mas de apresentar traços negativos da natureza humana.
Assim também temos os isentões, os distraídos, os de poucos neurônios que preferem continuar dançando a música desafinada e macabra do sistema, seguindo e dando força para os corruptos, os verdadeiros antidemocráticos, os interesseiros, os vendilhões da patria. Estes têm suas atenuantes, mas não sua isenção de culpa no cartório da justiça dos homens e de Deus. Isto vai ser corrigido no andar inexorável da história.
João Drummond