EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (XXII)

EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE

(LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (XXII)

VOCÊ NÃO ACHA estranho que a promiscuidade de Lucy Australopiteco permaneça atual, ainda nos dias de hoje do século XXI??? É que o império das circunstâncias, o império dos sentidos, que a circundavam, continuam a pressioná-la da mesma forma: 3,2 milhões de anos depois. É de se perguntar: o tempo, o espaço, o espaço tempo é apenas uma espécie de percepção, consequência da conexão entre matéria e energia???

A ATUAL Lucy Sapiens, tanto tempo depois, reponde a condicionamentos de natureza sexual semelhantes. É assim que o mundo funciona: repetindo condicionamentos dos sentidos através dos séculos e milênios. A finalidade das fêmeas, através do tempo dos milênios, permanece a mesma: fazer multiplicar a quantidade de robôs biológicos no mundo do consumo. Parir é uma festa. Paris, um lugar que romantiza essa festa.

A CURVATURA no espaço tempo da mulher atrai o macho como se fosse uma força de gravidade que garante a continuidade da espécie. O espermatozoide garante a fertilização do óvulo, de modo que o mercado do consumo tenha cada vez mais consumidores. Quanto mais robôs biológicos humanos, mais a economia se aquece. Mais e mais as políticas econômicas têm onde comercializar seus produtos de primeira, segunda e terceira necessidades.

A BOLSA de valores ganha acionistas com a multiplicação de robôs biológicos investidores no mercado de ações. A mecânica é simples: compre ações por um preço mais baixo do que as vende, e terá lucro. Assim como existem Marias Chuteiras, existem também Marias Bananeiras. Ambas as espécies de marias desejam colher os frutos dos comedores de “bola” e os lucros dos que se dão bem em ações.

VIVEMOS TODOS, os mais de oito bilhões de habitantes da Terra, numa nuvem de psiquismo coletivo regressivo. Nossos mecanismos de defesa nos conduzem à reversão temporária, a curto, médio e longo prazos. O ego sempre voltando a estágios anteriores de desenvolvimento. Nossos impulsos inaceitáveis são reforçados por nossa conduta pulsional conservadora, reacionária, retroativa.

VEJA O POVO judeu, ele chegou ao século XXI com toda a imensa bagagem cultural de quatrocentos anos de submersão na cultura escravocrata a serviço dos faraós no Egito. Os condicionamentos que hoje movimentam esse povo foram adquiridos e cristalizados no psiquismo pessoal e coletivo desse povo ao longo de milênios de reafirmação de sua bagagem existencial. O tempo existencial coletivo desse povo, aliado ao espaço vivencial de nômades vagando por quarenta anos no deserto, lhes proporcionou toda espécie de ressentimentos.

A ADORAÇÃO do bezerro de ouro com seus cânticos e danças folclóricas pagãs, logo voltou a acontecer no seio da sociedade desse povo, quando da ausência do profeta Moisés que havia subido ao Monte Sinai em busca das diretivas do Deus que os motivara a sair fora do regime escravocrata, das senzalas do Faraó. Desceu ele do Sinai com as Tábuas da Lei. Que viu ele, o Libertador desse povo ingrato???

MOISÉS VIU que havia voltado neles, os nômades, ex escravos, que vagavam no deserto, alimentados pela máquina Alien que fazia chover sobre eles o maná, as tradições mais antigas, os costumes, rituais e valores folclóricos que tinham feito a anterioridade de sua cultura pagã existindo nas terras do Faraó.

NÃO FOI preciso muito tempo. Bastou Moisés se ausentar alguns dias no Sinai, e lá estavam eles, grande parte do povo hebreu, a influenciar os que ainda não tinham voltado totalmente à movimentação regressiva e pagã dos costumes que os originou. Algum tempo depois, os hebreus, antepassados dos judeus, não se diferenciariam dos demais povos habitantes do Vale de Sidim, onde proliferava a unanimidade dos costumes e tradições dos conservadores sodomitas.

NOS DIAS de hoje, julho de 2024, os partidos de extrema direita, conservadores e tradicionalistas, querem fazer valer a volta das tradições que fazem falta às mentalidades selvagens e medrosas, que deram origem aos descendentes de Lucy Australopiteco: os hominídeos das antigas espécies híbridas que se amalgamaram umas às outras num mix cultural da sopa primitiva que originou, há duzentos mil anos, a ascensão do Homo sapiens.

O ABUSO de crianças e jovens de ambos os sexos é uma realidade que se repete ao longo da existência de povos que vivenciaram a submissão ao poder senhorial das castas, cepas e linhagens que, por uma questão de estarem na condição supremacista que os privilégios da acumulação de riqueza os dotaram, abusam da apropriação dos corpos subjugados pela necessidade, e os lançam no rio Aqueronte, onde seus melhores sonhos e esperanças são afogados pelas águas da adversidade nas quais os precipitaram.

OS SUPREMACISTAS ressentidos produzem, nos dias de hoje, uma cultura e civilização vingativas. Foram abusados por seus senhores da Casa Grande do Faraó, e se tornaram uma classe de comerciantes lojistas privilegiados pela economia da acumulação de riquezas e bens de posse. Esses filisteus não pensam duas vezes: querem se apropriar dos corpos, corações e mentes dos mais desvalidos, submeterem-nos aos mesmos processos de degradação aos quais foram submetidos quando vivenciaram quatro séculos de servilismo, obediência e vassalagem à Casa Grande do Faraó.

OS FILISTEUS na Bíblia são descritos enquanto arqui-inimigos dos israelitas. Povo estrangeiro do Oeste, que se estabeleceu em cidades (Gate, Gaza, Ascalão, Ecrom, Asdode) onde hoje estão a habitar ao sul de Israel, na Faixa de Gaza. A inimizade entre as tribos desse povo se reproduz em hostilidades homicidas (guerras) de tempos em tempos. Os ressentimentos recrudescem e se instalam nos corações e mentes da hostilidade mútua. Regressiva. Irredimível.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 02/07/2024
Reeditado em 05/07/2024
Código do texto: T8098565
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