POR QUE TANTO PALAVRÃO?
Atire à primeira pedra quem nunca falou um palavrão na vida. Bem, é provável sim que alguém nunca tenha falado um, mas isso é raro principalmente em nosso atual contexto brasileiro. Eu mesmo, por exemplo, embora nunca tenha gostado de falar desde menino já disse dos mais variados tipos, por isso, não posso pagar de falso moralista ou hipócrita e dizer que não. Deus sabe que sim!
No Brasil, de crianças a idosos se tornou bastante popular o uso do palavrão. Em uma fechada de trânsito, na derrota do time do coração, em uma brincadeira entre crianças, praticando esportes para extravasar, etc, soltar um "vai tomar caju, vai se lamber, seu filho de uma boa mãe," etc (olha eu falando também) se tornou a coisa mais normal do mundo. Aliás, há pessoas que nem precisam de motivos para falar. Basta uma simples conversa informal para sair de maneira natural. É quase como se fosse um novo idioma ou um patrimônio cultural.
"Para os que se consideram puros o palavrão é algo abominável e chulo. Já para os que se intitulam rebeldes, impuros e sem regras de etiqueta é como tomar um belo uísque ou vinho importados, rs, isto é, algo bem agradável. Fato é que o palavrão está aí na boca de muitos de nós brasileiros e parece que não há a mínima possibilidade de diminuir, pelo contrário, só aumentar (dizem até que segundo à ciência faz bem à saúde)
Mas por que será que algo que antigamente se falava também (lembram-se da famosa Dercy Gonçalves?) porém em menor quantidade, hoje além de maior é naturalizado, popularizado e até mesmo romantizado por muitos? Acredito que seja reflexo de uma sociedade cada vez mais promíscua, hiper sexualizada e violenta já que o foco de qualquer palavrão está no ataque, vulgarização e na ofensa. Ainda que digam que ele também serve como forma de expressão ou escape, a verdade é que praticamente todo palavrão visa sempre ofender alguém que pode inclusive ser a própria pessoa também, portanto, algo errado para não dizer pecado.
É por meio do palavrão que muitos ódios florescem, muitas brigas acontecem ou que mágoas aparecem. Enfim, creio que devemos evita-los ao máximo. Não por uma questão de moralidade, mas sim de bons princípios, costumes e humanidade!