Aversão à solteirice e tendência de arranjar relacionamentos para os outros
Diferentes abordagens da Psicologia fornecem interpretações sobre por que algumas pessoas não suportam ficar solteiras e preferem manter relacionamentos insatisfatórios em vez de ficarem sozinhas.
A Psicologia Evolucionista sugere que o comportamento humano é influenciado pela seleção natural, onde certos traços e comportamentos que aumentam a sobrevivência e a reprodução são favorecidos. A aversão à solidão pode ser explicada pela necessidade ancestral de formar parcerias para aumentar as chances de sobrevivência e reprodução. Estar em um relacionamento insatisfatório pode ser visto como uma estratégia para garantir o suporte e proteção cruciais em ambientes ancestrais.
Na Teoria do Apego se propõe que as experiências de apego na infância moldam os padrões de relacionamento na vida adulta. Pessoas com apego ansioso tendem a ter um medo intenso de abandono e necessidade constante de validação e proximidade. Isso pode levar essas pessoas a preferirem relacionamentos insatisfatórios a estarem sós, pois a solidão pode exacerbar sentimentos de insegurança e ansiedade.
Na Teoria Cognitivo-Comportamental se entende que pensamentos e crenças influenciam sentimentos e comportamentos. Pessoas que não suportam ficar solteiras podem ter crenças disfuncionais, como a ideia de que estar solteiro é um sinal de fracasso ou que não são dignas de amor. Esses pensamentos podem levar a comportamentos de busca incessante por relacionamentos, mesmo que sejam insatisfatórios, para evitar o desconforto emocional associado à solidão.
A Psicologia Humanista enfatiza a importância da autorrealização e das relações autênticas. Indivíduos que não suportam ficar solteiros podem estar buscando a aceitação e o amor de forma externa, em vez de desenvolverem uma autoestima sólida e autossuficiência. Podem procurar relacionamentos como uma maneira de preencher um vazio interno ou alcançar uma sensação de valor e pertencimento.
Quanto à tendência de algumas pessoas em querer arranjar relacionamentos para quem está bem e solteiro, há várias interpretações psicológicas:
Projeção - pessoas que se sentem desconfortáveis estando solteiras podem projetar suas próprias inseguranças, assumindo que os outros também devem se sentir solitários e insatisfeitos quando sós.
Normas sociais e pressão cultural - a sociedade valoriza e idealiza relacionamentos românticos, promovendo a ideia de que estar em um relacionamento é um estado desejável e normativo. Isso pode levar pessoas a sentirem uma obrigação social de ajudar os outros a encontrar parceiros, independentemente de sua própria satisfação com a solteirice.
Confirmação de crenças - ver outras pessoas solteiras e felizes pode desafiar suas próprias crenças sobre a necessidade de um relacionamento para a felicidade. Ao tentar arranjar relacionamentos para os outros, podem estar buscando confirmar suas próprias crenças de que um relacionamento é essencial para o bem-estar.
Altruísmo e conexão Social - algumas pessoas podem genuinamente acreditar que estão ajudando e que arranjar relacionamentos para outros é uma forma de expressar cuidado e promover a felicidade. Esse comportamento pode ser visto como um ato de altruísmo ou uma forma de fortalecer os laços sociais.
Em resumo, a aversão à solteirice e a tendência de arranjar relacionamentos para os outros podem ser compreendidas através de várias lentes psicológicas, cada uma oferecendo uma perspectiva única sobre as motivações subjacentes a esses comportamentos.