JULGANDO E SENDO JULGADOS!

Dizem que Adolf Hitler um dos homens mais cruéis que o mundo já teve não se conformava em vê pássaros presos em gaiolas. Mas achava normalíssimo vê judeus em campos de concentração. Guardadas às (gigantescas) devidas proporções, somos esse tipo de pessoa, ou seja, ambígua e contraditória.Todos nós, uns poucos e outros mais, julgamos e somos julgados. E com os "tribunais" das redes sociais esse julgamento aflorou ainda mais.

Por mais que alguém diga: "Ah, eu nunca julgo ninguém," isso não é verdade, pois diariamente estamos julgando e sendo julgados em um ciclo interminável de julgamento. Julgamos no olhar, na brincadeira, ironia, rispidez, etc. Quer um exemplo: basta olharmos para uma pessoa que segundo o nosso padrão de beleza esteja diferente que conscientes ou não, dizendo para a pessoa ou não, automaticamente já a julgamos em nosso coração. Não tem jeito!

Porém, até certo ponto nossos julgamentos são normais e necessários. Porque quem vive em sociedade onde às relações e tensões são inevitáveis terá no outro um bom ou um mau referencial. Porque é por meio dos pais, por exemplo, que palavras afirmativas ou negativas podem tornar os filhos mais fortes ou frágeis. Que casamentos podem ser fortalecidos ou enfraquecidos. Que patrões podem elevar ou diminuir a auto estima dos seus funcionários, etc.

E a linha que separa o julgamento necessário e útil do desnecessário e inútil é bastante tênue, isto é, fina e perigosa justamente por causa dessa nossa ambiguidade. Porque somos seres capazes de construir, mas também destruir. Exaltar, mas também humilhar. Dizer a verdade, mas também à mentira. Praticar justiça, mas também injustiças. Enfim, somos uma contradição sem fim.

Por isso, que para mim o único julgamento justo e preciso será sempre o de Deus já que nos trata da maneira que somos respeitando nossa individualidade. Vejam, por exemplo, o caso de duas passagens bíblicas onde uma Jesus conversa com um jovem rico e a outra com uma mulher samaritana. Para cada pessoa e situação Jesus trata de uma maneira. Se fossemos nós, certamente iríamos trata-los de modo igual ou privilegiando um em detrimento ao outro sendo ao final injustos com ambos.

Portanto, e para finalizar, podemos e devemos julgar, mas sempre pisando nesse julgamento como se estivéssemos andando em um campo minado explosivo e não em um fácil tablado cheio de algodão e linho.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 24/05/2024
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