PSICOLOGIA É DE DEUS?

Quando uma pessoa tem muita dor de dente ela procura um dentista, certo? Sim! Quando tem febre (leve, no caso) toma remédios, certo? Sim! Quando lesiona a perna ou braço praticando algum esporte vai a um ortopedista, certo? Sim! Mas e quando tem problemas de stress, depressão,TOC ou ansiedade, deve procurar quem? Um psicólogo ou algo do gênero, certo? Também sim!

Provavelmente, nunca antes na história da humanidade tivéssemos sido tão aflingidos mentalmente como somos atualmente. Claro que o ser humano sempre foi um ser inquieto, ansioso, esquisito e até deprimido desde os primórdios, mas quase certeza que não nessa mesma proporcionalidade que é na atualidade. Hoje, nossos problemas emocionais além de serem diversificados são também de múltiplas causas, por exemplos:

A ansiedade, depressão, TDHA, TOC, dislexia, etc, podem ter como causa, por exemplo, mudanças climáticas, pressões sociais por beleza, conforto, prazer, dinheiro e sucesso, traumas, más escolhas, redes sociais que na grande maioria das vezes destilam exibicionismo, narcisismo e comparações, temos também um fator preponderante chamado genética e por que não dizer a ausência do sagrado (Deus no caso) que muitos tendem a desprezar e ignorar mesmo sabendo que o ser humano sempre foi um ser religioso. Fato é que fazer o diagnóstico dessas enfermidades tem que ter alguma experiência e bagagem, pois há muitas complexidades. As pessoas são extremamente diferentes e complicadas.

Um grande erro que líderes religiosos cometem (obviamente que sem generalizar) é tratar de maneira simplista e por vezes irresponsável, os problemas emocionais e comportamentais de seus fiéis. É claro que eles podem e devem aconselhar, orar/rezar, corrigir, caminhar juntos em meio aos sofrimentos, etc, pois tudo isso faz parte do papel sacerdotal e são processos de cura também. Deus os designou para tais missões. Entretanto, isso não deve impedi-los, por exemplo, de encaminhar em casos mais delicados e extremos profissionais da área comportamental e nem criticar o uso de medicamentos receitados por eles.

Sabe por quê? Primeiro porque seria soberba. Ninguém sabe tudo! Nem religiosos e nem irreligosos. E, segundo porque Deus em sua infinita graça e misericórdia distribuiu dons e talentos para todo ser humano independentemente de crerem ou não nele. Esses talentos são dados por ele, para glória dele. Portanto, quem nega a importância de um psicólogo, psiquiatra ou à fé no transcendental, nega não só a cura aos doentes, mas também importantes e belíssimos presentes.