SÃO LEOPOLDO 200 ANOS - Os 200 anos de um projeto do governo imperial e as primeiras preocupações com o meio ambiente

200 anos da chegada dos alemães

Em 25 de julho de 1824, chegou, vindo de Porto Alegre após grande viagem do Rio de Janeiro, ao Porto da Telhas, Faxinal do Courita, margem esquerda (ou direita) do Rio dos Sinos, na altura de onde se encontra a Praça do Imigrante, a primeira leva de imigrantes alemães, em número de 39, trazendo sua cultura, crença e profissões, sendo hospedados na sede da desativada Real Feitoria do Linho Cânhamo, atual Casa da Feitoria ou Casa do Imigrante, distante três quilômetros em direção a leste. Depois desses vieram muitas outras levas, cada um trazendo sua profissão e habilidades, sendo tais colonos o embrião de um vasto conglomerado de cidades e de uma diversa economia agrícola e industrial que se espalhou por todo o Vale do Sinos, Vale do Caí, Paranhana, Rio Rolante,, etc., estendendo-se das margens de Canoas hoje à Caxias do Sul. Convém lembrar que a demarcação das terras em lotes para os colonos não saiu como o prometido. Os próprios colonos é que acabaram tomando a iniciativa de demarcar por si mesmos depois de muito esperarem.

A Real Feitoria do Linho Cânhamo

Inicialmente, a Real feitoria do Linho Cânhamo, um empreendimento do Governo Imperial movido por mão-de-obra escrava, localizava-se em Rincão do Canguçu, na serra de Tapes, hoje Município de Canguçu, próximo à Lagoa dos Patos, no Sul do Estado do Rio Grande do Sul, onde funcionou de 1783 à 1788. O empreendimento tinha sido estabelecido por ordem do Marquês do Pombal para a produção de velas e cordas (cabos) navais, atividade que deixaria Portugal em vantagem em sua balança comercial, sendo que dependia do cânhamo da Inglaterra. Em 1789, a Feitoria foi transferida para o Faxinal do Courita, atual São Leopoldo, aparentemente por ser o Rio do Sinos (o meio de transporte) mais próximo da Feitoria do que a Feitoria do Canguçu era da lagoa dos Patos. Especula-se que essa mudança deu-se por interesses pessoais. Aqui a Real Feitoria do Linho Cânhamo funcionou até 1824, quando, por sua baixa produção, foi desativada para ceder lugar aos imigrantes alemães. Diz-se que jamais alcançou a produção da Feitoria do Canguçu.

http://historialuso.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6444:linho-canhamo&catid=2080&Itemid=215#:~:text=Assim%2C%20tendo%20como%20orienta%C3%A7%C3%A3o%20o,Rinc%C3%A3o%20de%20Cangu%C3%A7u%20(RS).

São Leopoldo de ontem de hoje

Os imigrantes Alemães eram agricultores e industriais, desenvolvendo logo uma diversificada indústria, produzindo desde apetrechos de montaria, passando por calçado e vestuário, indo até lampiões, fogões e fósforos.

* Obs.: Pesquisar o livrinho Antes e depois de 1824, do Prof. Telmo Lauro Müller.

O lugar do lixo

A preocupação ambiental

Da indústria calçadista de São Leopoldo, que perdurou até meados dos anos de 1980, restou o aterro de parte dos banhados, como parte do bairro Vicentina, por exemplo, (região conhecida como Chácara da Prefeitura) com resíduos de couro e de borracha, metais e outros insumos da fabricação de calçados, além de restos da indústria de alumínio, lixo hospitalar e lixo de escritório e comércio, com caixas de papelão, embalagens, etc..

Alguns moradores se valiam do papel, metais, vidro e osso para produzir pequena renda. Quanto ao couro, plásticos e tecidos, etc., porém, muito deles jaz sob pátios, casas, camadas de terra, paralelepípedos e asfalto no bairro.

A preocupação ambiental no Município pode ser observada já no final do século XIX e início do XX, por causa do avanço industrial e urbanização acelerada, afetando o ar, as águas e áreas verdes.

As primeiras iniciativas de preservação teriam surgido de grupos locais preocupados com tais impactos, promovendo então práticas sustentáveis, conservação de recursos naturais e educação ambiental.

http://biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/historia%20e%20memoria.pdf

O resíduo sólido urbano, seus aspectos e impactos

Os resíduos sólidos urbanos (RSU) originam-se das atividades domésticas nas residências da cidade, sendo eles conhecidos como os resíduos domiciliares, também da varrição, limpeza dos logradouros e via públicas, além de outros serviços de limpeza urbana (resíduos da limpeza urbana).

Os impactos da má gestão dos resíduos sólidos são poluição atmosférica, poluição hídrica, poluição do solo e poluição visual. E certos tipos de resíduos podem causar também doenças.