O PIOR TIPO DE ELOGIO É O AUTOELOGIO

O professor e filósofo, Clóvis de Barros Filho, tem uma célebre fala na qual narra um episódio de uma aula com Pierre Bourdieu, em que o sociólogo francês diz:

 

“Os circuitos de consagração sociais serão tão mais eficazes quanto maior a distância social do objeto consagrado.”

 

Não se espante se você também não entendeu a frase, pois a mesma situação ocorreu com o professor Clóvis de Barros, que exigiu uma explicação para o professor francês, que então explicou:

 

“Monsieur receberá três elogios por causa de um livro publicado. O primeiro é da sua mãe, o segundo da sua namorada e um terceiro de um professor renomado de outra universidade.” Então, Bourdieu perguntou ao seu pupilo: “Qual dos três elogios você acha o mais consagrador?”

 

“Ora, não resta a mínima dúvida, é o terceiro do professor renomado de outra universidade.” E por quê? Porque ele está mais distante socialmente do objeto que foi elogiado.

 

É isso que significa a hermética frase acima.

 

Quanto maior a distância social de quem elogia para a pessoa elogiada, mais o elogio tem prestígio.

 

Então qual é o pior elogio? Ora, o da distância social zero, ou seja, o autoelogio. Ou da sua mãe. Por isso, a atitude de alguns “escritores” do RL que se autoelogiam é totalmente boçal e excêntrica, falando que têm títulos de nobreza e até certificados de instituições renomadas, e numa disputa infrutífera de quem seria o mais inteligente.

 

O que eu percebo é que eu estou no meu canto, apenas produzindo meus artigos, mas por alguma razão, não sei se por inveja ou ressentimento, têm pessoas que querem me atacar, se comparando comigo.

 

Chega a ser cômico, se a pessoa fosse assim tão brilhante, por que ela estaria anônima num site de escritores amadores escrevendo de graça? Isso vale para mim também. Por isso, meu objetivo nessa rede é: 1) demonstrar meus sentimentos para a pessoa que amo, e 2) entretê-la com artigos que eu acho que possa interessar a ela e às demais poucas pessoas que me leem.

 

Mas já que toquei no assunto de comparação, como comparar uma pessoa que sequer sabe a regra básica de pontuação e só publica artigos fúteis de ressentidos visando me atacar, com meu conteúdo de qualidade ecumênica que eu produzo aqui?

 

Ou o outro que tem 15 anos de site e nenhum artigo cultural publicado, com 75 anos de vida, que, apesar de saber escrever o básico, também desconhece regras gramaticais básicas.

 

Repito: eu não estou aqui para me autopromover, mas sim para compartilhar assuntos que eu gosto e acho importantes, como literatura, filosofia, política e, o mais importante, sentimentos.

 

Essa coisa de se autoelogiar é o equivalente a quem curte as próprias fotos ou comenta os próprios textos.