O Mascote Acusado de Importunação Sexual

Um mascote mais animado do time do Internacional, que é um Saci bem serelepe, foi acusado de importunação sexual por uma jornalista gaúcha. Ocorreu que, após o gol de seu time, o buliçoso mascote correu para beijar a repórter. De máscara. A jornalista relata que ficou paralisada em uma crise de pânico e depois do jogo foi denunciá-lo na delegacia. Ela diz:

 

"Quando saiu o gol, em vez de comemorar com a torcida, ele veio e parou ao meu lado. Eu estava relatando o lance para o canal e ele veio e me abraçou de lado. Fechou os dois braços em mim e ficou alguns segundos. Não foi um tapinha nas costas. E ele, com a máscara, veio me dar um beijo. Senti o suor dele em mim e o barulho do beijo", conta a repórter.

 

O acusado tem nome, é Gustavo Acioli Astarita, caso contrário, fica tudo muito impessoal só chamá-lo simplesmente de mascote.

 

Outro caso, este me parece mais grave, envolvendo o mesmo personagem foi de uma torcedora que alega ter sido tocada na cintura, nos braços e nos seios pelo homem ao pedir uma foto. "Momento em que ele disse uma frase com conotação sexual, afirmando que com ela 'se sentia um adolescente na puberdade'". E é uma torcedora do seu próprio time.

 

Como se vê, é um mascote com as hormônios a flor da pele.

 

Eu só gostaria de chamar atenção para o fato de que é papel dos mascotes brincar com os torcedores, mas não importuná-los sexualmente.

 

Mas todo esse escândalo por um mascote que comemorou o gol com uma jornalista, a menos que ela seja gremista, não é meio desproporcional? Lembrando que ele estava com uma fantasia. Gostaria da opinião de mulheres, eu sinceramente não sei.

 

Conheço homens que já se sentem meio acuados ao iniciar um flerte com uma mulher, temendo uma denúncia. Qual é o limite de uma aproximação amigável para uma importunação? Acho que nós, pessoas civilizadas, temos esse discernimento, mas será que todas as pessoas com as quais interagimos são bem-intencionadas?

 

É perigoso, perigoso.