O ser humano falhou
Recentemente publiquei um pensamento em minhas redes sociais que explicitava a maneira como compreendo a humanidade atualmente. o pensamento diz: "É triste saber que se existisse a idade média hoje, muitos que conheço estariam do lado da inquisição, não por ignorância mas por identificação."
E por que penso assim?
Porque nossas sociedades ainda aceitam, e até mesmo perpetuam, violações aos direitos humanos.
Porque as pessoas, individualmente, não respeitam os direitos das outras, nem os ecossistemas.
Porque a vida está sendo banalizada em detrimento aos interesses financeiros, ideológicos e até por um instinto covarde e insensato prevalecente em um mundo que era incivilizado, entre outros fatores.
Esse desrespeito emerge da persistente desigualdade que cria a exclusão social, que dilacera a moral e conseqüentemente, promove a invisibilidade dos excluídos e a demonização dos que lutam por seus direitos.
A sociedade universal majoritariamente capitalista que, em seus variados interesses, proporciona um discurso exclusivista e até extremista, torna evidenciada as injustiças, para proteger seus tesouros, que se resume em dinheiro e poder, interagindo diretamente com os sistemas legais e políticos, promovendo a desigualdade e manipulando as pessoas que em sua grande maioria são pobres e sem acesso a educação em níveis mais esclarecedores, embora como havia escrito no início, muitos se identificam com as práticas que nos segregam.
O ser humano falhou em sua existência com mesquinhez e soberba. Do jeito que estamos seguindo, não conseguiremos resolver nossos próprios problemas que não são poucos e lamentavelmente urgentes, pois nessa ganância cada vez maior de ter, nos achando melhor que outros seres, agimos como se fôssemos Deus, delegando não só a vida humana como também as demais a falência da existência e nos tornando protagonistas da extinção delas na Terra.
Em nosso cotidiano real e virtual, o que vejo é gente forjando um falso altruísmo, fingindo virtudes e não reconhecendo defeitos. Talvez estejamos no ápice do egoismo, impondo o distanciamento de nós mesmos como espécie.
A humanidade está em franca decadência.
O ser humano falhou.