E no Brasil Paralelo de Lula...
Qualquer pessoa que olhar para o céu em dia ensolarado verá o sol com seu formato real e sua cor que chega até nós através da camada de ozônio. Se perguntado dirá que ele é redondo e de cor amarelada.
Se a TV Globo noticiar que o sol é quadrado e de cor azulada, ainda assim ele não será visto desta maneira. Muitas pessoas, no entanto, vão acreditar nisto se forem dotadas de baixa capacidade cognitiva, afinal foi a Globo que noticiou, e estas pessoas, ao que parece não dispõe de independência e autonomia para se decidir sozinhas sobre esta questão.
O mesmo acontece com o nosso cotidiano e nossa realidade. Fatos são fatos e narrativas são versões destes fatos.
O medo das mídias tradicionais a respeito das redes sociais, reside no fato que nestas, as informações correm livres de controles, e é possível ao cidadão comum confrontar as várias versões de um mesmo fato e se decidir sobre a que lhe mais crível ou faz mais sentido.
Nós, seres humanos, temos entre nossos muitos defeitos a tendência de confundir os fatos como eles são com as versões que gostaríamos que fosse.
Dito isto chegamos ao Brasil paralelo de Lula. Este Brasil emergiu das urnas eletrônicas (com sua confiabilidade em xeque), quando as mídias tradicionais inundaram a sociedade com notícias falsas ou duvidosas, já que era do seu interesse, contribuir decisivamente para a chegada de um governo que trouxesse de volta a velha formula do toma lá, dá cá, que marcou a relação promiscua dos governos do PT com a imprensa, o empresariado e o congresso.
Este Brasil paralelo foi arquitetado e forjado nas oficinas ideológicas do TSE e STF e ganhou as ruas na campanha eleitoral indecente e fraudulenta de mentiras, que a mídia tradicional encampou e levou a termo.
Esta campanha massiva convenceu milhões de incautos e distraídos que preferiram olhar a telinha da Globo do que olhar para o alto e ver o que estava escancarado diante seus olhos e suas mentes.
No Brasil paralelo tudo é paralelo com se uma pista secundaria, construída às pressas, fosse a única alternativa ao fechamento da pista principal da democracia.
No STF e no TSE paralelo foi possível levar a termo um golpe de estado que promoveu fraudes descaradas no processo eleitoral e jurídico, e enganou cidadãos de bem que ainda acreditavam no Brasil De Fato.
Pessoas de bem se revoltaram contra estas manobras, (alguns com excessos, como sempre fez a esquerda, é verdade), e ainda crendo nas instituições e na constituição, contribuíram para os eventos de “8 de janeiro”.
Transformados da noite para o dia no Brasil Paralelo, em terroristas e golpistas com as mudanças bruscas da justiça paralela e o cavalo de pau que os seus ministros do STF e TSE deram aos parâmetros legais até então conhecidos.
No Brasil paralelo de Lula prevalece a democracia relativa. Termos como Fake News, milícias digitais, atos antidemocráticos, Abin paralela e outros que vão aparecendo dão suporte as ilegalidades e aos descalabros jurídicos que, com o apoio conveniente do consorcio de mídia, vem sendo perpetrados contra um único espectro político.
De quem se poderia esperar alguma ação de controle vemos a covardia e a omissão de senadores e deputados de rabos presos aos processos engavetados no STF, mas que podem, como num passe de mágica, ressurgirem.
A espada de Dâmocles, permanece como uma ameaça perene sobre a cabeça daqueles políticos que ousarem esboçar alguma reação e cumprirem com suas missões constitucionais.
Vão vendo, um a um, seus companheiros sendo levados, pela máquina nazi/fascista do sistema, rezando para que não sejam notados e eleitos com as próximas vítimas.
No Brasil paralelo a corrupção campeia como outrora, mas os inimigos a serem combatidos são aqueles cidadãos que ousarem se insurgir contra os verdadeiros donos do poder.
Quem manda no Brasil Paralelo de fato, são pessoas que, sem terem nenhum voto, se apossaram das ferramentas e instrumentos do estado para seguirem nesta ação insana e implacável, na base de canetadas, calando, banindo, prendendo quem pode ser encaixando nas teses malucas de suas interpretações paralelas e relativas da constituição.
Uma sociedade inteira se acovarda e se enverga diante da ditadura que avança sem embaraço e de forma desavergonhada.