99% BEM E 1° MAL.

O jogador Messi foi oito vezes considerado o melhor jogador do mundo. Cristiano Ronaldo parece que foram seis. E o Neymar é sem sombra de dúvidas ainda o único craque do futebol brasileiro dos últimos dez anos. Agora, tentem imaginar os três perdendo um pênalti decisivo em uma final de copa do mundo. Agora, tentem se lembrar também caso tenham mais de 35 anos de idade, da final da copa do mundo de 2002 onde o Brasil se sagrou campeão do mundo sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, vulgo Felipão e, da copa de 2014 em que o Brasil levou a maior goleada da sua história frente a Alemanha por 7X1 também sob o comando do técnico Felipão. Bem, diante desses fatos históricos o que é mais fácil de se lembrar e de se esquecer? Certamente é mais fácil se lembrar dos pênaltis perdidos pelos três craques e dos 7X1 sofridos pelo Brasil e, esquecer-se do restante de suas carreiras brilhantes. E por quê? Porque infelizmente nós, seres humanos somos assim, ou seja, esquecemos facilmente de 99% das coisas boas que já fizeram por nós e nos lembramos também facilmente de 1% de ruim que fizerem. E isso acontece muito provavelmente por dois motivos:

1° Porque nos achamos perfeitos e superiores uns aos outros. Ainda que todo mundo reconheça que não é perfeito, que é falho, etc, basta alguém errar contra nós que pronto: não presta mais.

2° Porque todo ser humano tende a não valorizar o bem, por exemplo: entre assistir o Datena com seu programa estilo antigo jornal "notícias populares" (os mais velhos irão se lembrar desse "saudável" jornal impresso, rs) e um programa que valorize gestos solidários, saúde e atitudes de superação, é quase certeza que o do Datena terá muito mais atenção.

Conclusão: Tirando casos mais graves em que é mais difícil (não impossível) exercer o perdão, temos a péssima mania de terminarmos excelentes relacionamentos de amizade, conjugalidade, parentesco ou de profissionalidade por causa de 1% do mal que fizeram contra nós, ignorando 99% de bem que também fizeram.