POR QUEM OS SINOS DOBRAM...# Memorial #...Uma linda interação com o Poeta VALDIR LOUREIRO...
POR QUEM OS SINOS DOBRAM.
Neste momento de tantas
atrocidades
Mais uma guerra declarada
Tingindo e manchando em névoas
Deixando os horizontes escuros
E os arranha céus,
Mostrando a loucura desta guerra
sombria
E até onde chega a mente insana e
tão doentia.
Já dizia Hobbes,
O homem é o lobo do homem.
E nesta luta contra a ganância e o
poder desmedido,
Milhares de vidas sendo ceifadas
Mas a que preço?
As lágrimas arrastam para sempre
os familiares que choram
Pela falta dos entes queridos
Não, não há vencedores diante de
tantas mortes.
Nesta intolerância dos povos,
Nas discórdias dos grupos, dos
líderes autoritários, das multidões
Com os instintos incontrolados
Reprimidos, temidos ou mesmo
desconhecidos.
Manifesta essa face sombria que
pode ser assustadora.
Até onde vai os limites da
irracionalidade humana,
Daqueles que não contém a
própria fúria contra os seus
semelhantes
A psicose das guerras,
A negação das próprias agruras
Aflora o bicho homem
Que precisa massacrar o inimigo.
Oh!
Mundo tórpido e adoecido
Mas se ainda conseguir chorar
Diante do sofrimento humano
Nem tudo estará perdido!.
(Poesia reeditada).
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Registrando as famosas escritas do Poeta e escritor inglês John Donne, onde ele relata os absurdos da guerra, referindo-se a guerra civil espanhola .
"Nenhum homem é uma ilha fechada em si mesma
Cada homem é uma partícula do continente,
Se um torrão é arrastado para o mar a Europa fica diminuída
A morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano
E por isso, não perguntes por quem os sinos dobram;
Eles dobram por ti..."
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Transcrevo abaixo as lindas interações do querido Poeta Valdir
Loureiro, que em muito enriqueceu as minhas páginas!.
// Com satisfação, vim aqui para olhar/ A tua poesia bonita de sobra./Será que, por mim, também um sino dobra?/ Dos sinos, escuto a mensagem no ar.
// Penoso é o toque, lindo é o badalar./ Não sei descrever o mistério que encerra./ Mas decerto mexe com espíritos na terra/ E abranda quem tem um coração perverso.
// Junto ao seu badalo, eu balanço meu verso/ Que faço, pensando na sua ternura./ Eu vejo no claro, ele vê na clausura.
// Mas o seu tom vai bem mais longe que o meu./ E em qualquer lugar, eu preciso do seu/ Alerta sonoro a qualquer altura.
Autor: Valdir Loureiro.
ESPERANÇA NOS SINOS.
//Os sinos da igreja vão dobrar" por quem/ ficou prisioneiro de certo regime/ que o condenou por não cometer crime/ de ato violento e nem feriu alguém.
// Parece um governo, fazendo refém/ pessoa suspeita do que não pratica./ A corda que amarra é a mesma que estica./ Porém não se sabe quantos livres sobram./ Mas há esperança de que "os sinos dobram"/ por gente inocente que um rei crucifica.//
Autor: Valdir Loureiro.
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Querido Poeta Valdir Loureiro, sim, os sinos dobram por ti, por mim, por todos, em todas as partes do mundo, pois todos nós somos afetados pelo mal e as consequências desastrosas que uma guerra pode causar ; o seu badalar parece querer nos despertar para o aprofundamento de uma nova consciência no universo, mostrando o quanto a humanidade ainda precisa refletir sobre a sua própria condição humana, a sua própria jornada existencial.
Neste momento, estamos todos sofrendo com as consequências das guerras e o "dobrar" dos sinos nos faz refletir sobre a pior das atrocidades humanas, que são os irmãos se enfrentando com os próprios irmãos; não, não existe barbárie pior do que essa!.
Nada justifica o conflito armado, em uma guerra não há vencidos nem vencedores , apenas perdedores.
O mundo se apequena diante de tantas mortes e ficamos questionando onde está a justiça quando morrem inocentes, crianças por conta da exploração, violência, do terrorismo, das guerras, etc...
Parece que o mundo está se acostumando com a banalização do mal e do ódio, os homens acabam projetando todos os seus instintos agressivos e reprimidos, manifestando uma "face sombria", doentia, que foge da racionalidade humana.
Na visão heideggeriana, vivemos em relação com o outro, e nessa "teia existencial", nesse emaranhado da dor, o sofrimento do outro nos afeta, como se uma parte de nós também morresse e adormecesse.
Quando morre um homem, morre um pedaço de nós, pois fazemos parte de um todo, parte desse "emaranhado existencial" chamado humanidade.
Mesmo que fiquemos indiferentes a dor, a morte do outro, isso já nos afeta pois estamos negando o sofrimento alheio ou não querendo refletir sobre a nossa própria finitude e as questões relacionadas a ela.
Então de alguma maneira as guerras, a violência a qualquer nível e a dor do outro acaba afetando a nossa condição existencial, quer seja pelo envolvimento ou mesmo pela indiferença.
As passagens do tempo nos ajudam a refletir sobre as questões da finitude, o desenvolvimento da nossa fé e da espiritualidade, questionando qual o lugar que estamos ocupando no mundo, o que podemos fazer em prol de um mundo mais fraterno e solidário.
Quem sabe com essa vivência genuína, a empatia e o sentimento de compaixão possam ser fortalecidos, diminuindo essa indiferença diante da dor dos nossos semelhantes.
Parece que estamos sempre a buscar a nossa transcendência para nos humanizarmos mais em busca daquilo que realmente faz sentido, seja significativo e mais profundo dentro de cada um de nós!.
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"Com o outro exercemos a solicitude: o contínuo cuidar de outrem, seja num intercurso marcado pela indiferença, pelas fontes negativas ( hostilidade, aversão) ou pelas fontes positivas
(dedicação, amor).
O outro me é dado como outro, não se trata de um EU alheio a ser conhecido, mas de um EU alheio a ser compartilhado."
Martin Heidegger:
(Do livro: Todos nós... ninguém).
"Para Heidegger o outro e o mundo deixaram de ser pensados como se fossem territórios alheios ao EU: o mundo se transformou num horizonte de sentidos compartilhados por entes que se compreendem, e que, portanto, se encontram sempre uns com os outros, e não uns " ao lado dos outros" no mundo exterior".
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Ouçam: Heal The World
Na voz de : Michael Jackson.
Clipe Oficial.
https://youtu.be/BWf-eARnf6U?
si=EtiEJEkT1mQksvbU
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Ouçam: A Paz (Heal The World).
Na voz de : Roupa Nova.
https://youtu.be/OP4KB5FR_Mw?
si=lLVXvslC59Tk2vtw
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