IMPÉRIO ROMANO
Império Romano
Escrito por Juliana Bezerra
Professora de História
O Império Romano é considerado o maior civilização da história ocidental. Durou cinco séculos: começou em 27 a.C. e terminou em 476 d.C.
Estendia-se do Rio Reno para o Egito, chegava à Grã-Bretanha e à Ásia Menor. Assim, estabelecia uma conexão com a Europa, a Ásia e África.
Resumo sobre o império romano
No sistema político de império, o poder político estava concentrado na figura do imperador. O Império Romano começou com Otaviano Augusto e terminou com Constantino XI. O Senado servia para apoiar o poder político do imperador.
O império sucedeu à República Romana. Com o novo sistema, Roma, que era uma cidade-estado, passou a ser governada pelo imperador.
Foi em seu início que o império conquistou a maior parte do poder. Até 117 d.C., ao menos 6 milhões de quilômetros quadrados estavam sob o domínio do império romano.
Sob o domínio do Império Romano viviam entre 50 e 60 milhões de habitantes. Roma, nessa fase, foi habitada por 1 milhão de habitantes.
Entre os pontos fundamentais para o sucesso do império estava o exército, que era profissional e atuava como uma legião. Sob o comando de astutos generais, Roma expandiu o poderio ao Mediterrâneo.
Características do império romano
- Essencialmente comercial;
- Escravizava os povos conquistados;
- O controle das províncias era feito por Roma;
- Politeísta;
- O governante tinha cargo vitalício;
- A extensão territorial era obtida por conquistas ou golpes militares.
Otaviano Augusto foi o primeiro imperador romano
Imperadores romanos
Os imperadores que mais marcaram o Império Romano foram:
- Otaviano Augusto – primeiro imperador de Roma. Foi responsável por acrescentar muitos territórios ao império.
- Cláudio – seu principal feito foi conquistar parte da Grã-Bretanha.
- Nero - considerado excêntrico e louco. Assassinou a mãe, a irmã e condenou um grande número de cristãos à morte.
- Tito – ficou conhecido por ter destruído o templo do Rei Salomão.
- Trajano – era considerado um grande conquistador. Foi em seu governo que o Império Romano atingiu a maior extensão.
- Adriano – ordenou a construção uma muralha com seu nome, a Muralha de Adriano, ao norte da Grã-Bretanha. O objetivo era conter os bárbaros.
- Diocleciano – dividiu o império em duas partes: oriental e ocidental.
- Constantino – proibiu a perseguição aos cristãos. Uniu novamente o império e escolheu Bizâncio como capital. Rebatizou a cidade de Constantinopla.
- Rômulo Augusto – último imperador de Roma.
- Constantino XI – foi o último imperador do Império Romano Oriental. Morreu defendendo a cidade contra o ataque dos turcos.
Dinastias romanas
- Dinastia Júlio-Claudiana
- Dinastia dos Flávios
- Dinastia dos Antoninos
- Dinastia dos Severos
Surgimento do Império Romano
Uma das estórias sobre a fundação de Roma é a célebre lenda dos irmãos gêmeos,ROMULO e REMULO que viveram em 753 a.C.
Segundo historiadores, Roma surgiu a partir de um grupamento de pastores que viviam às margens do Rio Tigre. É essa a região geográfica que corresponde hoje à Itália.
No decorrer do século VI a.C., Roma ficou sob a direção dos etruscos, de origens gregas. A liberdade foi conquistada gradualmente, quando se transformou numa cidade-estado onde a forma de poder exercida era a monarquia.
Com as constantes desavenças entre os reis, os romanos experimentaram a república, entre 509 a.C. e 30 a.C. Nesta época, Roma passou a exercer forte poder colonial, político e militar.
Triunviratos
O governo de Roma ainda ficou fortalecido por uma estratégia de gestão que passou à história como triunviratos.
O triunvirato é a gestão formada por três integrantes. A formação do primeiro deles em Roma ocorreu em 59 a.C. e contava com Júlio César, Pompeu e Marco Crasso.
Em certo momento, os três entraram em guerra e César os venceu. Júlio César tornou-se o primeiro governante individual de Roma.
O segundo triunvirato foi formado por Octávio, Lépido e Marco Antônio, também terminou com uma guerra civil em 31 a.C. Otávio venceu e passou a governar Roma.
É nesse ponto que surge o Império Romano, em 27 a.C. e que vai até 476 d.C. Também é considerada a fase de maior prosperidade e expansão do império, na chamada dinastia Júlio-Claudiana.
Divisão do império romano
O Império Romano foi dividido em 284 d.C. como forma de melhor administrar o poder. A divisão consistiu em:
- Império Romano do Ocidente, tendo como capital Roma;
- Império Romano do Oriente, com Bizâncio como capital.
Império Romano do Oriente
O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino, perdurou até 1453, quando foi tomado pelos turcos. Bizâncio, a capital, também era conhecida como Constantinopla.
No decorrer do século VI, o imperador Justiniano (527-565) tentou reordenar o Império Romano e abriu frentes de batalhas conquistando o Norte da África, a Península Itálica e a Península Ibérica.
Os muçulmanos, contudo, terminaram por ocupar o Norte da África, o Médio Oriente e a Península Ibérica nos séculos VII e VIII.
Queda do Império Romano
As principais causas do declínio do Império Romano foram:
- Dificuldade de administração: o império era muito grande e havia complicações para controle da gestão e da corrupção que o assolou;
- Invasões bárbaras: o exército precisou proteger o império das investidas de godos (visigodos e ostrogodos), hunos e germânicos (como os francos, anglos, saxões, vândalos, bretões e burgúndios);
- Elevados impostos: o estado tinha elevado custo para manter a construção de pontes, aquedutos, estádios e banhos públicos. Esse fator elevou significativamente os impostos cobrados da população;
- Religião: a expansão do cristianismo, que não admitia outros deuses, está entre as justificativas para a crise no império;
- Escassez de escravos: a redução das batalhas por conquistas de novos territórios prejudicou o sistema de renovação de escravos
Sacro Império Romano-Germânico
Uma vez que os "povos bárbaros" estavam instalados e cristianizados, a sociedade medieval passa a sonhar com a restauração do antigo Império Romano Ocidental.
Esta ideia é empreendida pelos príncipes e nobres germânicos que conquistam um grande território e se faziam sempre coroar ou ser consagrados pelo Papa.
Assim, tenta-se voltar ao esplendor da antiga Roma fundando o Sacro Império Romano-Germânico.
O nome era "Sacro" por ser respaldado pelo pontífice, "Império" pela grande extensão territorial. Já o "Romano" se devia ao fato de receberem o título de reis da Itália e "Germânico", porque a maior parte do seu território era naquela região.
Oficialmente, o Sacro Império Romano-Germânico só terminará em 1806 com as guerras napoleônicas.