Religião na sociedade
Ao longo do curso da história, imperadores bizantinos, papas, reis, fundamentalistas, líderes carismáticos e até mesmo chefes de Estado, têm usado a religião para manobrar e manipular as massas populares em favor de seus interesses mundanos e imediatistas. Não obstante a atuação nefasta de indivíduos arrogantes, ambiciosos, hedonistas, pervertidos, déspotas e até mesmo cruéis à frente de instituições religiosas, a religião persiste em libertar o espírito humano de seus vícios e paixões.
A palavra religião vem do latim ‘religio’, que significa “louvor e reverência aos deuses”.
Os etimologistas ainda travam discussões sobre a real origem etimológica da palavra religião, que em língua portuguesa data aproximadamente do século XIII.
Entre os etimologistas a principal teoria é que a palavra religio ou religião, como ficou para nós, falantes da língua portuguesa, tenha origem na junção do prefixo latino re, que traz a ideia de reforço ou intensificador da palavra que o sucede, no caso o verbo legare, ‘ler’. Portanto, relegare pode ser entendido como reler ou revisitar e foi associado ao ato da constante releitura e interpretação dos textos sagrados.
Outra teoria bastante difundida diz que a palavra religião vem do latim religare, que significa religar, reatar. Assim a religião teria a função de religar o indivíduo e a humanidade com o seu Criador, com uma força superior a nós ou mesmo com a natureza.
Atualmente o conceito de religião é definido como sendo um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.
As religiões que possuem mais adeptos no mundo são:
Cristianismo: cerca de 2,4 bilhões de seguidores, baseada nos ensinamentos e na vida de Jesus Cristo, filho de Deus. Existem três vertentes principais: catolicismo, ortodoxia e protestantismo.
Islamismo: cerca de 1,9 bilhão de seguidores, baseada no Alcorão, a palavra de Alá revelada ao profeta Maomé. Existem duas ramificações principais: sunitas e xiitas.
Hinduísmo: cerca de 900 milhões de seguidores, baseada nos textos sagrados chamados Vedas e na crença na “Alma Universal”. É uma religião muito diversa, com várias seitas e tradições.
Budismo: cerca de 376 milhões de seguidores, baseada nos ensinamentos de Siddharta Gautama, o Buda, que busca a realização plena da natureza humana através do desapego e da autossuficiência espiritual.
Religiões folclóricas: cerca de 300 milhões de seguidores, que englobam as crenças e culturas religiosas ligadas a uma determinada etnia ou região. Um exemplo são as religiões afro-brasileiras.
Religião tradicional chinesa: cerca de 400 milhões de seguidores, que misturam elementos do confucionismo, taoísmo, budismo e outras religiões menores. É uma religião muito complexa e variada.
Sikhismo: cerca de 20 milhões de seguidores, baseada nos ensinamentos de Guru Nanak, que prega uma vida em harmonia com o “Tao”, o caminho supremo. É uma religião monoteísta que nasceu na Índia.
Judaísmo: cerca de 15 milhões de seguidores, baseada na Torá, o livro sagrado que contém as leis e os mandamentos dados por Deus a Moisés. É uma religião abraâmica e monoteísta, que tem sua origem no Oriente Médio.
Espiritismo: cerca de 13 milhões de seguidores, baseada na obra de Allan Kardec, que defende a sobrevivência do espírito após a morte e a reencarnação. Não é exatamente uma religião, mas uma doutrina filosófica e moral.
As informações que compõem este ranking foram coletadas no novo Bing, serviço de busca inteligente vinculado à Microsoft. Apesar da ferramenta de busca não listar o espiritismo entre as doutrinas cristãs, a moral ensinada pela doutrina espírita é a moral do Cristo, pois Jesus é o modelo e guia para a humanidade.
Sem adentrar em suas particularidades, as religiões oferecem conforto espiritual, pregam o perdão, a tolerância e estimulam a prática da caridade material e espiritual. Portanto, longe do fanatismo religioso, uma crença e uma vivência calcadas nos valores espirituais e morais podem nos fortalecer.
Por fim, cabe ao Estado laico e democrático assegurar a plena liberdade de culto e de crença de seus cidadãos.
Uma religião também é um patrimônio cultural de um povo.