TORCEDORA MORTA!

Toda vez que a palavra punição é falada a sensibilidade de muitos é aflorada isso quando não usam de eufemismos para expressa-la. "Punição? Não! O que realmente precisamos é de mais empatia e, principalmente de mais educação, pois punição lembra truculência e isso gera mais violência," dizem os mais sensíveis. Bem, todos nós (ou quase todos) sabemos que a nossa atual sociedade "anda" política, familiar, sexual, ética, esportiva e, principalmente amorosamente doente. Se formos comparar a sociedade brasileira de 40, 50 ou 60 anos atrás (claro que tbm havia muita porcaria que hoje são bem melhores, não sejamos inocentes) muita normalidade atual não seria normal, por exemplo: Fumar maconha era algo feito nas escondidas, pois além de contravenção penal era vergonhoso e imoral. Hoje, um moleque ou até mesmo um velho (a) fuma na calçada da rua movimentada sem o menor medo e constrangimento. Ouvir música alta havia um mínimo de limite e respeito. Atualmente, muitos não estão nem aí para os limites. Escutam som alto até altas horas em frente a residência dos outros e aí daqueles que reclamarem, afinal, estão no "seu direito" (às 2, 3, 4 ou 5 da manhã 🙄) isso quando não agridem. Em muitas escolas públicas e privadas os professores e demais educadores gozavam de certo prestígio, admiração e até reverência (sim, havia tbm autoritarismo por parte de muitos desses profissionais) e eram autoridades na saula. Hoje, apanham verbal ou fisicamente durante à aula. Nos estádios de futebol pelo menos até o final dos anos 80 e início dos 90, parece que não havia relatos (corrijam se estiver errado) de brigas entre torcidas rivais. Hoje, agem feito animas (desculpem a comparação com os animais, caros defensores da legítima causa). Sim, é verdade que a falta de investimento na segurança pública, no combate à corrupção e na educação geram sociedades disfuncionais e violentas. Não se pode negar isso. No entanto, a falta de punição rigorosa (que não significa injusta, autoritária e que não respeite os direitos humanos) tbm gera, pois diferentemente do que acreditava o famoso filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau que dizia que "o ser humano nasce bom, porém a sociedade que o corrompe," a meu ver, não é tão verdadeira assim. Isso é perfeitamente perceptível quando uma criança de 1, 2 ou 3 anos já chora de forma egoísta gesticulando que tal objeto é dela ou, quando recebe um não dos pais. Durante e após a pandemia o egoísmo humano ficou ainda mais visível. Enfim, o que aconteceu com essa jovem de 23 anos no jogo entre Palmeiras e Flamengo é mais um capítulo triste dos tempos atuais e que só prova que nós, seres humanos, doutores ou iletrados, necessitamos de regras e limites mais firmes assim como um cavalo necessita de cabresto, do contrário, teremos com um animal (literalmente) um forte grau de parentesco🤷‍♂️.