A mãe esquecida
Durante qualquer breve caminhada pela cidade, percebo que, na fúria de viver, o ser humano esqueceu de honrar a Mãe de todas as Mães. Na verdade, pisamos cada vez mais forte sobre o corpo de nossa Mãe Gaia. Nossas marcas químicas, tóxicas, indeléveis matam lentamente àquela que deu a vida aos nossos ancestrais mais distantes. Há tempos nos deixamos escravizar pelo relógio, pela produtividade a qualquer custo. Amamos os resultados, odiamos os processos. Vendemos nosso tempo para comprar e consumir cada vez mais - E poluir cada vez mais. Os efeitos da nossa louca e moderna vida já não são discretos há tempos: Extinção de espécies, mudanças climáticas, doenças. Estamos matando a nossa Mãe, a Mãe de Todas as Mães. Matamos nossos irmãos animais,nossos irmãos vegetais e por consequência, outros humanos. Esquecemos que comemos e bebemos do corpo de nossa Mãe Gaia e que, ao destruí-lo e envenená-lo, não estamos sendo apenas filhos maldosos e mal-agradecidos: Estamos nos condenando a uma cruel destruição - Nossa extinção está se aproximando a passos largos e alguns cientistas já conjecturam sobre a irreversibilidade da destruição que causamos.
Hoje, após celebrar quem lhe deu a vida, que tal pensar um pouco em como mudar os hábitos que estão de fato matando cruelmente nossa Mãe Terra?
(Escrito para o dia das mães, em 14-05-23)