Lembranças das minhas memórias
Os acontecinentos dos últimos dias - ataque às escolas - ativaram as lembranças da minha memória, principalmente a minha infância e adolescência vividas nas décadas de 1970 e 1980. Sou da geração que passou dos 50 anos. Sou do tempo que as séries iniciais eram estudadas na casa da Professora, a qual respeitavámos como se fosse nossa mãe. Sou do tempo que ia pra escola a pé, pois transporte escolar não existia. Sou do tempo que um simples olhar do meu pai já era entendido como um recado para obedecê-lo. Sou do tempo que nossos tios eram respeitados e seguíamos seus conselhos como se fossem dos nossos pais. Sou do tempo que se fosse necessário levava um corretivo do meu pai e/ou da minha mãe, e nem pouco isso me deixou magoado com eles. Muito pelo contrário, sou grato pela formação do meu caráter. Também sou do tempo que se respeitava autoridades civis, militares e eclesiásticas e os mais velhos. Por isso não posso concordar com o modo de muitos pais educarem os filhos nos dias de hoje, proporcionando uma liberdade total e irrestrita e ainda querendo atribuir a escola tal tarefa. Claro que não sou radical ao ponto de não aceitar liberdade aos filhos, mas uma liberdade vigiada. Como falamos aqui no Nordeste: não podemos acochar nem tão pouco afrouxar demais o cabresto. Por tanto é preciso vigiar os passos dos nossos filhos, afinal eles só se tornam donos de seus narizes, ou seja, só atingem a maior idade aos 18 anos.