LIBERDADE E COMPORTAMENTO

Veio o nosso sistema democrático. Está aí, por enquanto vigorando. Mas eu observei em alguns setores de nossa sociedade brasileira um uso da palavra liberdade. Para que possamos usufruír de uma liberdade construtiva devemos observar o quesito comportamento. Não estou falando de orientação sexual, cada um tem a sua. E confesso que sou heterossexual. Escrevo estas últimas palavras para que não pensem que estou falando de todo e qualquer comportamento. Agora, falo que eu costumo assumir a responsabilidade do que faço. Para o que escrevo eu penso que usufruo de bastante liberdade de expressão. Embora ouça de muitas bocas aquela velha expressão:

"Pense para falar".

Que dirigida a mim, digo francamente, é dita injustamente. Porque sempre disse: seja livre para dizer. Atualmente não mais. Mas dependendo dos lugares que frequentei no passado, por necessidade de sobrevivência, claro que no trabalho, era competição. Competição entre algumas pessoas que se julgavam no direito de por antiguidade dar as normas. É aqui o ponto, dizem que nossa sociedade é competitiva, não sou eu quem diz. Mas, se a pessoa só convive conosco na base do perde ou ganha, é competição. E essa regra de perder ou ganhar, que eu julgo indevida, incomoda, se aplicada em ambiente de trabalho. O que eu fiz: me demiti, mas sobrevivi. E, o que ora escrevo, não é uma queixa. É mais uma pregação, bem intencionada, para que as pessoas joguem limpo. Se estão competindo na hora em que perdem uma jogada, basta sorrir. Um sorriso vale o dia.

E no fim do dia lá estávamos, os bons companheiros, tomando uma cerveja na mesa do bar.

O alcance de um jogo limpo, porque corrigir podemos, mas mudar o mundo, só aos poucos, a caminho da cordialidade. E, dizia eu, o alcance de um jogo limpo é exatamente este: um sociedade de homens cordiais.

Homem cordial, velha ideia de um historiador brasileiro. No seio da cordialidade teríamos mais liberdade para conviver. E vivemos em sociedade porque sabemos conviver.

Aí está, liberdade e comportamento.