TRECHO DA ESTRADA NA AURORA DO AMANHECER

TRECHO DA ESTRADANA AURORA DO AMANHECER

Anteriormente iniciei este artimo mencionando POR DO SOL, quando ele nasce na aurora, quando o sol está se pondo, no sentido de chegando, contudo na verdade para este fato se diz a aurora.

Normal, inclusive nos filmes irmos para algum lugar para ver o pôr do sol, mas não é muito comum escreve sobre o por do sol, em trânsito, quando se sai de madrugada de algum lugar e no trajeto vai se vendo as paisagens mudando, e novos desenhos se formando e o sol se levantando para cada momento aumentar o clarão nos novos desejos que vai se olhando.

Este trecho da Estrada é saindo da margem do Rio Araguari, subindo para o alto do chapadão da canastra km 51 da estrada Franca Araxa, descendo rumo ao Rio Grande, mais ou menos 30 km, em direção a Rifaina, quando então o sol das 05:40 da manhã começa a deflorar a aurora, que não é boreal, mas é real, e é na Canastra.

Atravessando o Rio Grande, e no pôr do sol ainda baixo, na entrada da cidade de Alto Porá, tem uma vista de Rifaina, que merece ser retratada em cartão postal, a cidade ao fundo, ainda iluminada pela energia elétrica em suas ruas, desenhando o traçado da cidade, ao fundo a represa da Jaguará com o pôr do sol começa a ser espelhada suas águas lindas e grandes, e mais aos fundos as montanhas da canastra desenha pelo sol dourado da aurora.

Subindo a serra em direção a distrito de Igaçaba, a visão de Rifaina vai se indo e a serra da canastra vai ficando mais visível, e o sol da aurora aumentando a craridade. E quem subiu do Araguari a 900, passou pelo chapadão da Canastra a mais de 1000, desceu para o rio Grande/Rifaina a aproximadamente 500, então estamos novamente subindo para o chapadão de pedregulho e neste ponto aproximadamente 800, para passar por Pedregulho Franco novamente a 1000.

Após este ponto começa a vislumbrar aponta do chapadão da serra da canastra se debruçando sobre o sul de Minas, e sobre Delfinópolis a capital da banana prata, margeada e ao norte do Rio Grande, com uma grande travessia de balsa, para carros e caminhões, é o rio grande engordado pela represa de Peixoto, mais um Hidrelétrica de Delfinópolis de um lado, e uma das 03 de Sacramento de outro, cidade que aos pés da grande montanha da canastra se beneficia de turistas mil, vindo de todo o Brasil e do exterior, para visitar a canastra de suas centenas de cachoeiras.

Rio Grande estes que margeando Sacramento, tem a represa de Estreito, e depois Jaguará, onde citamos acima que margeia Rifaina.

Rio Grande estes com temperatura de mais de 5º acima daquele Rio Araguari que citamos nossa saída antes do pôr do sol, que tem uma temperatura 5º a mais, pois vem do alto da serra da canastra na serra divisora de águas de são Roque/Medeiro, Tapira, todas mineiras, e onde divisa águas com o maior rio brasileiro o rio Sã Francisco. E após uma centena de quilometro, abraça a barra do Rio Quebra Anzol que vem de Araxá, formando a represa de Nova ponte, já ao ladinho de Uberaba, mas vai ao norte para abraçar o rio Parnaíba que vem da região de patos, e daí segue contornando o triangulo mineiro, já divisando com o Goiás , Triangulo Mineiro este que quando do desmembramento do Goiás em 1820, pertenceu, mas pouco depois já também com Minas desmembrada, a este passou a pertencer, tudo era Capitania de São Vicente das 600 léguas de frente para o mar de Parati a Paranaguá, até o Uruguai, que também só foi desmembrado depois para se tornar outro pais, e foi então depois de 1800, que foi se formando os estados do sertão infinitos que foi se desmembrando de São Paulo e entre si,

Rio Araguari que antes de encontrar o Rio Grande e após contornar o Triangulo, deixando Tupaciguara, Uberlândia segundo maior cidade mineira, e após também ir deixando vários hidrelétricas pelo caminho, passando por Itumbiara, São Simão, divisando com o chapadão do céu, e ainda recebendo o rio Guaporé, passando em pontes de Lacerda, vai desaguar em Rubinéia, e então dando novo ao Rio Grande que se torna então o grande rio Paraná, que corta a américa do sul até desaguar no rio da Prata e chegar ao mar. Após o Uruguai.

Neste trecho da estrada antes de Pedregulho como disse o desenho da escarpa, da ponta da serra da canastra, quase caindo em perpendicular sobre o sul de Minas é nítido, e o sol dourado da manhã a desenha de maneira majestosa.

Pedregulho vem chegando e os cafezais aumentando, terra de Orestes Quercia, que foi criado em uma vendinha lá em Igaçaba, onde começou a subir esta serra paulista, Igaçaba que foi ligada a sacramento pelo primeiro trem elétrico brasileiro, com a construção da usina hidrelétrica no rio Bora em Sacramento, para tal finalidade, mas que depois de um ou dois anos, teve que paralelizar a estrada de ferro elétrica para ceder a energia elétrica então para a cidade de Sacramento, isto em 1901.

Quercia que de lá saiu, que após ser vereador em Campinas, deputado, senador, Governador, grande político brasileiro, que em Paris em comitiva, disse, caipira sim senhor, com grande honra me sotaque é do interior.

Pedregulho vai ficando para traz, vem chegando Cristais Paulista, a cidade de aguas mornas, para divisar apenas por uns cinco quilômetros com Franca, uma das maiores do Estado, e do Brasil com mais de 500 mil habitantes, capital do sapato e dos diamantes, de onde vem os diamantes, da canastra ou do interior do Brasil, por que Franca, para talvez exportar ilegalmente nos milhões de sapatos exportados, não sei, mas há pouco anos era comum pessoas na rua sentado pelas calçadas oferecendo diamantes acoplando em meias ou saquinhos, sendo oferecido a qualquer transeuntes, como um mercado sem igual, talvez só visto lá em Diamantina MT, onde estes saquinhos ficam sobre caixotes de sabão nas garagens das casas para serem exibidos a quem possa interessar.

Passando então a capital dos calçados, vem Batatais a cidade da Jumil, sucessora da Penha de Itapira, grande produtora de colhedeiras e ouras máquinas agrícolas. . e então após ter desde o Rio Grande trafegado sobre a Rodovia Candido Portinari, e um pouco antes de chegar à cidade de Brodósqui onde nasceu, pertinho já da grande Ribeira Preto, berço de Santos Dumont, pelo menos onde cresceu e vendeu a fazenda para se financiar em Paris, no grande projeto de construir o primeiro aeroplano do mundo, do planeta que foi dirigível. Então em Batatais nos desviamos ao sul. Em direção a Altinópolis (terra de Altino), grande governador do começo do século passado. Em ótima estrada rumo ao sul de Minas e a Belo Horizonte, rumo a passos, ao Mar de Minas Gerais, a grande represa de Furnas que desemboca nas escarpas do lago em Capitólio, referência turística muito visitada. Mas logo ali em Altinópolis com a aurora já começando a ganhar altura, desviamos novamente rumo sul para Cajuru e Mococa, trecho de pista única, como lá no começo em Sacramento e pequeno trecho até antes de Cristais Paulista, pois todo o resto foram se duplicando nestes últimos 25 anos, que sigo estes trechos, é São Paulo este estado gigante com as melhores estradas do país.

Não podemos parar um pouco e pensar no Candido Portinari de Brodósqui que deu nome merecido a Rodovia que liga Ribeirão Preto a Rifaina, onde passamos o tempo todo, na aurora ou não, Portinari que deixou grandes obras em Brodósqui, Batatais, onde merecem ser visitadas em igrejas e locais públicos, mas talvez sua maior e mais famosa obra mundial foi a fachada do prédio da ONU em Nova York.

Queria expor o sentimento de viajar sozinho na madrugada e pôr do sol em trânsito subindo a canastra, descendo a canastra, subindo Pedregulho e viajando rumo sul, para depois de 500 km chegar a Bragança para almoçar, minha terrinha.

Tinha que citar entre Franca e Batatais até onde a vista alcança um mar de cana, e a vista acho que alcança 50 km e são para todos os lados, mas também logo que passa Altinópolis e Cajuru começa a avistar ao Mococa novo mar de cana também sobe no horizonte a frente de si, interessante que nesta passagem próxima a Cajuru, pode ser avistado a esquerda e nas divisas de Minas, serras parecendo costa de dromedários desenhas nos horizontes.

Não podemos deixar de notar que estamos vindo da alta mogiana, que mesmo antes do desmembramento de 1820 tudo era alta mogiana até o infinito goiás/amazonas e tudo era Capitania de São Vicente/São Paulo, e era importante no império, tinha até aduana, pedágio para cobrar tributos para o Reinado de Portugal em Mogi Guaçu, e era o caminho do Goiás e de Cuiabá, que havia sido desbravado a partir de 1690, para os garimpos do Rio das Velhas(Araguari), e para Cuiabá, tudo passava por ali, apesar das dificuldades criadas pela (infestação) dos Caiapós, tribo valente que combatia estas passagens e que ocupava o atual norte de São Paulo, até o sertão da farinha podre(serra da canastra), tendo já por estas épocas extinguido a tribo dos Araxas, com canibalismo e absorção das crianças e mulheres que viraram caiapós.

As tribos não eram extintas por eliminação de seus membros e sim por incorporação a outra tribo, ou por cabrotização, ou seja incorporação aos homens brancos (viravam caboclos). Mas foi somente em 1949, já após os desmembramentos dos estados de Minas, Goiás, Mato Grosso, e tendo como único acesso estas paragens, que o governo de São Paulo contratou um bandeirante em Cuiabá que com mais de 500 índios soldados vieram para eliminar a resistência dos Caiapós, e formar três aldeamentos nesta região entre são Paulo e triangulo mineiro para garantir o trânsito de comitivas que queriam trafegar nesta região.

Por esta época de 1800, o sertão da faria podre, tinha o povoado de mineiros do rio das velhas (DESEMBOQUE0) que chegou na época a ser maior que são Paulo, interessante também, que nesta época, são Paulo era a maior cidade com 12 mil habitantes, Taubaté a segundo com quase isto e Bragança Paulista era a quarta cidade deste continente Paulista, e de onde saíram os Lemes de Taubaté, para povoar Mogi Guaçu, e onde em 1790 vieram para povoar e comandar Bragança Paulista e região como Amparo e outras cidades da região por quase dois séculos 21/03/2023

estreladamantiqueira
Enviado por estreladamantiqueira em 22/03/2023
Reeditado em 29/03/2023
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