UM FATO, UMA FRASE, UM LIVRO DIZ O QUE O INTERPLETE PUDER DIZER, CONSEGUIR TRANSMITIR.
UM FATO, UMA FRASE, UM LIVRO DIZ O QUE O INTERPLETE PUDER DIZER, CONSEGUIR TRANSMITIR.
Ao contar um fato, o intérprete transmite sua forma própria de como ocorreu e o ouvinte vai entender parte do conteúdo apresentado, e quando transmitir a outra pessoa novamente vai interpretar o dito recebido e transmitir para outro que vai entender parte do conteúdo recebido, e quando transmitir novamente vai transmitir parte e assim indeterminadamente até o fato inicial ficar totalmente destorcido e morrer em algum lugar.
O mesmo com uma frase, que quem recepcionar o conteúdo da mesma vai interpretar e transmitir o que entendeu, e quando transmitir, quem recepcionar vai entender alguma coisa, que ao transmitir fará com que outra pessoa que recepcionar entender alguma coisa que as vezes nada tem a ver com a frase inicial e assim por diante.
Quanto a livro, não será diferente, e ainda com um agravante, quando traduzido para outros idiomas, muitas das frases e palavras que ali estiver escrito, não terá vocabulário na língua a ser traduzida para poder representar o mesmo, contudo, devido as diferenças de culturas, de entendimento, ou falta de palavra para a tradução. Daí logicamente o tradutor vai fazer uma obra de engenharia literário e interpretar e transmitir da maneira que julgar suficiente para que a tradução seja completada. É certo que muitos fatos de uma região do mundo são totalmente desconhecidos de outro lugar do mundo, pelos costumes, pelas palavras que existem em cada lugar do mundo e assim a tradução poderá transmitir algo diferente que o autor original quis dizer.
Ensinamento tirado de um comentário sobre Grandes sertões veredas de Guimarães Rosa, onde das 65 vezes da palavra arte dita no livro original em diversas traduções, tais palavras deixaram de ser repetidas, pois os tradutores não entenderam o que estas palavras no contexto diziam.
Ainda o que o Intérprete, ou Tradutor, ou Transmitente, tenha de conhecimento sobre os “ditos”, ou fatos a ser transmitido, sobre o ambiente daqueles ditos ou fatos, pois estes transmitentes poderão ter uma vida alienígena sobre tudo isto, e ao interpretar para transmitir o faça de uma maneira nada original, o que deturpará tudo que ocorreu ou foi escrito originalmente.
No caso em tela do livro de Guimarães Rosa, o intérprete Frances, com conhecimento da Europa, de um mundo totalmente diferente do Sertão Veredas, não conseguia imaginar o que era a vida do sertão, então, fazer com que suas transmissões fosse entendida em uma outra língua, onde faltava conhecimento do vocabulário, gíria, dialeto regional do fato ou dito original 26/01/2023