Histórias de Cordeirópolis - O crescimento populacional através dos tempos

Na história dos recenseamentos, somente em duas outras oportunidades não houve censo quando era previsto: em 1930, cujos trabalhos foram interrompidos com a vitória da Revolução de 1930 e em 1990, quando a crise do Governo Collor adiou a realização da contagem para o ano seguinte.

Com relação aos dados disponíveis, infelizmente não encontramos indicações para os anos de 1890, 1900 e 1910, quando já existia o núcleo urbano tradicional da cidade (ruas até a Avenida Presidente Vargas e até a Vila Santo Antonio), que estava envolvida por grandes fazendas.

Dentro deste território delimitado, foram encontrados os seguintes dados pelos Censos Demográficos: em 1920, foram contados 5.728 habitantes, sendo 2.911 homens e 2.817 mulheres. Em 1940, quando já havia o primeiro loteamento do distrito, a Vila Pereira, a população foi fixada em 5.948 habitantes, sendo 3.058 homens e 2.898 mulheres. Considerando que o aumento da população é dado pela diferença entre nascimentos, mortes e mudanças, é curioso imaginar que em vinte anos somente teriam aumentado 220 pessoas na cidade, sendo 147 homens e 81 mulheres...

Em 1950, primeiro ano do município emancipado, foram encontrados 6.042 habitantes, ou seja, um aumento de menos de 100 pessoas em dez anos, sendo 3.057 homens, ou seja, um, isto mesmo, um a menos e 2.985 mulheres, ou seja, 87 mulheres a mais. Neste intervalo, já estava em ocupação a Vila Barbosa, próximo à Vila Pereira.

Em 1960, o censo demográfico apontou 7.637 habitantes, um aumento significativo de quase 1.600 pessoas, ou 26%. Pela primeira vez, indica-se que, do total de habitantes, moravam 2.772 pessoas na zona urbana. Neste período foi criado a Vila Santo Antonio e a Vila Nova Brasília.

Em 1970, pela primeira vez a população urbana supera a rural. Neste momento, já estavam abertas a Vila Nossa Senhora Aparecida e o Jardim Bela Vista e, conforme apontamos em artigo anterior, a desapropriação de áreas além da Rodovia Washington Luiz representou uma resposta à demanda habitacional gerada pelo crescimento populacional da cidade com a saída da zona rural.

Segundo os dados obtidos, dos 7.970 moradores (um crescimento muito pequeno em termos gerais num período de dez anos – 4%), moravam 4.459 na zona urbana, um aumento de 60% em relação à situação anterior. Pela primeira vez em mais de oitenta anos de existência, Cordeirópolis passava a ter características de cidade.

Nos próximos dez anos, a cidade apresenta um crescimento urbano considerável: são criados bairros como a Vila São José e o Jardim Planalto, e o êxodo rural aumenta, fazendo com que a cidade passe a contar com 9.368 habitantes em 1980 (aumento de 17,5% em termos gerais), sendo 6.608 moradores na zona urbana (acréscimo de 48% no período). O que impressiona é que, com aproximadamente dez mil habitantes, Cordeirópolis ganha um Foro Distrital, criado em 1982 e instalado em 1985.

Já abordamos em um e-book a maioria dos fatos ocorridos no âmbito da administração municipal de Cordeirópolis desde 1949 até 2004. Grande parte das estruturas públicas existentes começaram a ser estruturadas neste período, inclusive a área de Desenvolvimento Social.

Como apontamos, o censo da década seguinte foi realizado somente em 1991, e durante seu intervalo, a cidade cresce com a abertura dos bairros Vila Primavera, Jardim Progresso, Jardim São José I, Jardim Eldorado, Jardim Cordeiro, Vila Olympia e Jardim das Palmeiras. Com isso, a população atinge 13.338 habitantes (um acréscimo de 42% no total), sendo que a zona urbana atinge 10.095 moradores (acréscimo de 52%).

No final do século XX, em 2000, o Censo Demográfico indica uma população total de 17.591 moradores (acréscimo de 31% no geral), sendo que a zona urbana agrupava 16.068 habitantes, um aumento de 60%, representado pelos bairros Conjunto Residencial Bela Vista, Jardim São José II, José Corte, Santa Luzia, Jardim São Paulo e Jardim Paraíso, além do Conjunto Habitacional Angelo Betin.

Com relação ao último censo demográfico, de 2010, os resultados indicaram uma população total de 21.080 habitantes (acréscimo de 20%, reduzido em relação ao período anterior, mas semelhante ao ocorrido entre 1970 e 1980). Já a população urbana foi fixada em 18.934 moradores, representando um acréscimo de 17% (equivalente ao ocorrido nos anos citados). Neste período, foram criados os bairros Vila Dona Loni Levy, Jardim Residencial Florença, Flamboyant, Distrito Industrial e Comercial Flamínio de Freitas Levy, Jardim Paraty, Santa Rita e Jardim São Francisco.

Entre 2010 e 2022, cujo censo ainda não foi concluído, a cidade cresceu com o acréscimo dos bairros Villaggio Corte, Residencial do Bosque, Jardim São Luiz, Jardim Cordeiro II e Jardim Lise. Considerando o valor definido no final do ano passado e sujeito a revisão, com o total de 26.585 habitantes, houve um acréscimo de 26% num período de doze anos. Quanto à população urbana, o dado ainda não está disponível.

Paulo Cesar Tamiazo
Enviado por Paulo Cesar Tamiazo em 10/01/2023
Reeditado em 10/01/2023
Código do texto: T7691192
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