SOBRE AS ELEIÇÕES DE OUTUBRO DE 2022 – PARTE 3
Prólogo
O eleitor, culto ou inculto, consciente ou inconsciente, esperto ou à boa-fé ludibriado, reage a determinados eventos mostrando como atuará sobre eles. Trata-se o caráter de um complexo sistema composto por nossas virtudes a respeito do que é certo ou errado.
Na linha desse entendimento podemos afirmar que o eleitor votará sempre e quando lhe for dada essa oportunidade num candidato com quem tenha afinidade, empatia ou semelhança de caráter. – (Nota deste Autor).
A DÚVIDA DOS ELEITORES
Na política há um fenômeno sazonal. Refiro-me às escolhas feitas pelos eleitores por ocasião de uma eleição. Em quaisquer pleitos a dúvida entre os eleitores reside e sempre residirá no caráter dos candidatos.
Os candidatos politiqueiros prometem, mas depois das eleições desaparecem e não cumprem o prometido confiando na boa-fé e memória curta da maioria dos eleitores.
E agora? A solução é fácil: Antes de uma eleição sugiro aos eleitores que anotem partidos e candidatos de suas preferências para as cobranças posteriores. Vote sempre no candidato que tem o caráter mais parecido com o seu. Escrevo isso por saber que os semelhantes se congregam com mais facilidade. – (Nota deste Autor).
A INDIGNIDADE QUE SOBEJA
Ninguém precisa ficar envergonhado por votar em um candidato que agiu, age e provavelmente agirá de forma vil; canalha e infame, isto é, um biltre na acepção da palavra. Basta fazer uma pesquisa no Google e descobrirá que entre os 594 parlamentares há muitos indignos representando a sociedade pelo voto válido.
Como acreditar em um político que diz, aos berros, para seus milhões de eleitores: ".... eles destruíram saqueando o Brasil. Jamais terão meu apoio para voltar à cena do crime.” – (SIC).
Essas foram as palavras do médico e político Alckmin, em 2018, se referindo ao PT de uma forma geral e em particular ao candidato Lula. Eles, Lula e Alckmin, voltaram de mãos dadas à cena do crime! Isso pode? Pode! Não devemos esquecer que os semelhantes facilmente se congregam.
OS SEMELHANTES SE CONGREGAM
Por que inúmeros desafetos e/ou outrora, adversários ferrenhos, fazem alianças para se apoiarem mutuamente numa campanha eleitoral? Minha resposta sincera e sem receio de estar ofendendo a quem quer que seja é simples:
O nosso Brasil, já há algum tempo, está passando por uma crise de valores morais, familiares, culturais, éticos e com políticas sociais apenas paliativas.
Nessa ocasião os inúmeros desafetos e/ou outrora adversários ferrenhos se irmanam visando seus interesses. É nesse sentido que se deve compreender o axioma: “os semelhantes facilmente se congregam”.
OS ANSEIOS DEPOIS DE UM PLEITO
As políticas sociais são políticas concebidas para abordar questões sociais, desde a pobreza ao racismo. A política social está, ou deveria estar, preocupada com as maneiras pelas quais as sociedades em todo o mundo atendem às necessidades humanas de segurança, educação, trabalho, saúde e bem-estar (lazer).
Terminada essa fase de escolha do nosso presidente e governadores para os próximos quatro anos... Desejamos que as divergências ideológicas e fraternas recentes e mais antigas sejam superadas em prol da harmonia social e de um Brasil necessitado de Ordem e Progresso.
Não nos esqueçamos que: “cada povo tem o governo que merece.” – (Sic). A frase, do eminente jurista Rui Barbosa, generaliza a desídia de uma sociedade de memória fraca.
Estribados na frase de Rui Barbosa vamos vigiar, cobrar, punir, com a força do voto, no próximo pleito, mas trabalhando junto às autoridades para a grandeza de nosso país. Lembrem-se: Todos sonhamos com a gloria de uma nação, mas é preciso criar essa glória!
O QUE TANTO NOS FAZ MAL
É preciso banir usos e costumes danosos como: Censura, tortura, corrupção, abuso de autoridade, misoginia, racismo, abusos e preconceitos outros que vão na contramão da felicidade de nossos patrícios e da sociedade como um todo.
Devemos cobrar e exigir dos políticos eleitos nesse pleito tão caótico e dos outros, com mandatos em andamento, uma reestruturação das leis que se adequem às nossas necessidades básicas de segurança, educação e melhor qualidade de vida.
Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário necessitam ser incentivados a exercerem suas funções constitucionais e NÃO SEREM (grifei) insuflados a se digladiarem entre si em detrimento de uma sociedade ordeira e pacífica.
Queremos: Harmonia, União, Ordem e Progresso; desejamos segurança pública e, sobretudo segurança jurídica!
Não dá mais para conviver com um judiciário, mormente os STF, STJ e o TSE deslumbrados e desnorteados negligenciando o óbvio do que preceitua os artigos 5º e 220, da CF/1988.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA
Art. 5º Inc. VIII IX: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. – (Sic).
Art. 220: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.” – (Sic).
EXPLICANDO O NEOLOGISMO “DESCONDENADO”
O termo “descondenado” deve ser escrito entre aspas por se tratar, ainda, de um neologismo, isto é, palavra nova, derivada de outra já existente, na mesma língua ou não.
Enquanto CONDENAR: é se declarar ou se reconhecer culpado "DESCONDENADO": é particípio do verbo condenar e significa aquele que teve negada ou cessada uma condenação que contra si houvera sido imposta.
Nesse caso o crime pode até existir, mas a condenação não mais por força do prefixo "des" que indica negação, separação ou cessação.
NOSSAS EXPECTATIVAS EXCRUCIANTES
Nas relações interpessoais, sobretudo na política, a falta de alinhamento político-ideológico é fatal! Se meus notáveis leitores se derem ao trabalho de pesquisarem na internet encontrarão inúmeros apoiadores de Sua Excelência Bolsonaro que hoje são críticos exageradamente ressentidos.
Ao lado do ex-presidente Lula estão os ferozes adversários de outrora. Não vou citar nomes, mas afirmo que são vencidos (perdedores) em pleitos anteriores.
Cada candidato e/ou apoiador defende seus interesses e os eleitores se encarregarão de referendar, pelo voto útil e/ou improficiente, os anseios dos candidatos, às vezes, escusos.
CONCLUSÃO
Com o Brasil dividido, metade dos eleitores não compreendeu o porquê de Lula haver sido eleito, nesse pleito de 2022, depois de haver sido condenado em três instâncias do Poder Judiciário e ser mantido recluso por 580 dias. É preciso aceitar, sem se sentir envergonhado, a frase de Rui Barbosa: “cada povo tem o governo que merece.” – (Sic).
Ora, o plenário do STF decidiu, por 8 votos a 3, confirmar (referendar) a decisão de Edson Fachin, que apenas seguia jurisprudência já consolidada do Tribunal, com o propósito de anular as condenações do Lula.
O pleito de 2022 acabou e já temos um presidente do Brasil para os próximos quatro anos... Isso se a Carta Magna não for alterada nesse sentido. Na data de hoje, 30 de outubro, foi eleito Luiz Inácio LULA da Silva. Durante sua campanha o supracitado petista não quis se comprometer com soluções claras para problemas centrais. Tudo está nebuloso! Acompanhemos e vamos ver no que isso vai dar.
E quando um eleitor, à boa-fé ou por ignorância, sentir que não fez uma boa opção votando num candidato de caráter igual ao seu, o conserto poderá ser feito no próximo pleito.
Todos nós devemos, hoje e sempre, trabalhar para que as divergências ideológicas e fraternas recentes e mais antigas sejam superadas em prol da harmonia social e de um Brasil, mais do que nunca, necessitado de banir desordens de quaisquer espécies.
Queremos: Harmonia entre os poderes constituídos. Queremos um tempo determinado para os ministros do STF, e outros tribunais superiores, exercerem suas atribuições constitucionais para não ficarem num cargo vitalício até os 75 anos de idade acometidos de “juizite” aguda! Queremos Ordem e Progresso.
Afinal, respeitar é aceitar. É ver o outro como igual e viver em harmonia em prol de um todo. Respeito é algo vital para uma convivência pacífica e ordeira em sociedade.
Para ler a PARTE 1 acesse o link: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-sociedade/7619484
Para ler a PARTE 2 acesse o link: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-sociedade/7620146
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NOTAS REFERENCIADAS
– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;
– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.