PRECONCEITO E SENSIBILIDADES

Está muito em moda, os preconceitos, principalmente após as atualizações da legislação criminalizando os tipos criminais de forma mais apurada, criando preconceitos religiosos, raciais etc.

Veio ainda somar a isto a nova lei de assédio sexual, que acaba por dar um toque de SENSIBILIDADE a seguir tanto nos crimes de preconceito como de assédio sexual.

Em primeiro lugar queremos dizer que somos a favor das legislações, mesmo que estas permitam a imputação dos referidos crimes independentemente do nível de sensibilidade das vítimas dos referidos tipos criminais.

Fazemos esta ressalva, porque o crime em si, tem a ver com o ato criminoso do agressor, mas leva em consideração também a sensibilidade do ofendido; isto é, cada eventual vítima se ofende com um nível de sensibilidade diferente.

Um exemplo é o caso de um branquelo, que quando assim chamado quase nunca se ofende, uma vez que os branquelos não estão no foco como vítima de preconceito, raramente então haverá um branquelo ofendido, porque não sendo do grupo de vítima de preconceito racial não tem isto em mente, e normalmente acaba por não ter sua sensibilidade ofendida por tal agressão.

O mesmo se dá com alguns negros, que se considera menos vítimas que outros de preconceitos raciais.

Conheci recentemente um negro já com setenta anos que alegou de forma clara “QUE NUNCA FOI VITIMA DE PRECONCEITO RACIAL”, e vendo sua biografia, filho de pai engenheiro e ele mesmo sendo tornado na adolescência juventude, tecno do SENAI e de outros escolas como técnico em eletrônica, já na década de 60/70, e tornando-se especialista na época em radares, e outros meios de comunicação eletrônica, tendo trabalhado na EMBRAER, em grandes empresas no ramo de produção e distribuição de eletricidade, sempre como líder de setor, sempre entendeu não sofrer a si próprio como vitima de preconceito racial, entendo que sempre foi respeitado como pessoa e sempre sentiu uma pessoa normal, sem ser vitima de preconceito.

Recentemente vendo alguns vídeos de Oswaldo de Camargo e vendo suas queixas de ter sido vitima de preconceito por parte das entidades da igreja católica que dificultou ou impediu que ele por causa da cor se tornasse padre na década de 60/70, apesar de viver sob a tutela dos organismos da igreja, que lhe apoio com cursos de latim, teologia e musica, fazendo dele um grande musico, que ganhou a vida com isto, mas entendeu ele, que foi vitima de preconceito das entidades da igreja católica por não ter ele conseguido ser padre na época, é certo que existe muitos padres negro, e isto prova que tal preconceito não existe no momento.

Oswaldo de Camargo, Bragantino, escritor que foi redator de grandes jornais no Estado de São Paulo, tem um filho que ficou famoso recentemente ao ser nomeado, indicado, ou eleito presidente da fundação Palmares (entidade representativa de negros), e que com ideologia de direita e ligado ao Presidente Bolsonaro, e talvez por ter esta ligação, suas manifestações sofreram SENSIBILIDADES além da conta, porque eventualmente quem se manifestou eram ativistas políticos contrario a ligação do referido presidente da Fundação, então suas manifestações sofreram PESO diferente, muito maior, quando andou dizendo que muitos negros ao se manifestarem sobre os preconceitos raciais, os fazem de maneira muito SENSÍVEL, isto é, se fazem de vitima “ALEM DA CONTA”.

É certo que existe preconceito, é certo que estes preconceitos são tipos criminais tipificados como crime, é certo que algumas pessoas realmente são criminosas em discriminar racialmente os negros, e até outros crimes de preconceitos; contudo também é certo que algumas eventuais e supostas vítimas de preconceito, também são muitos SENSIVEIS a tal manifestação por parte de outras pessoas.

É da natureza humana a SENSIBILIDADE e cada pessoa tem a sua sensibilidade, para se interagir com outras pessoas, uma pessoa enfrenta muito bem um debate, um conflito de ideia sem levar para o preconceito, outras pessoas já são mais sensíveis e pode levar o debate de conflitos mais para o lado pessoal, que outras pessoas.

Mencionei o crime de assédio sexual porque em ambas as legislações atualizadas, já podiam ser as atitudes criminalizadas, tais crimes já existiam de alguma forma quando praticado, fazendo vítimas, contudo com as atualizações dos tipos criminais, voltou mais para a SENSIBILIDADE DAS VITIMAS.

No caso do crime de assédio sexual, deixa em aberto que é assédio qualquer forma do ato praticado que leve a vítima a se sentir assediada ou incomodado com a atitude de outra pessoa que está praticando o ato. Assim se uma mulher se sentir incomodado com uma cantada (uma paquerada), mesmo com um elogio, poderá sua SENSIBILIDADE levar a se sentir vítima de assédio e denunciar o fato como crime de assédio.

A interação entre uma pessoa e outra e como o iniciador da comunicação inicia a interação, e como a outra parte recebe a comunicação/interação pode gerar conflito de interpretação. Normalmente é mais difícil acontecer quando são pessoas iguais em cor, nível social, nível intelectual; contudo, quando são de raça diferente, e níveis social e cultural diferente tal interpretação da interação poderá gerar SENSIBILIDADE MAIOR, fazendo com que a pessoa contatada se sinta vítima de preconceito, quando na verdade só houve uma tentativa normal de interação.

Esta SENSIBILIDADE com certeza poderá ser influenciada pela cultura familiar da pessoa contatada, citando um exemplo de conhecimento de minha vida, o caso dos japoneses imigrantes que preferiam que seus filhos se casassem com filhos de japoneses; o mesmo com Italianos e Alemães; tudo isto porque na verdade existe um pré-conceito racial e familiar onde os pais pensavam que os filhos deveriam casar-se com pessoas da mesma raça e nível financeiro e cultural parecidos.

Tal SENSIBILIDADE também existe de alguma forma na raça negra, que podem achar que o contato com os brancos, poderão clarear ou desconfigurar a raça negra, muita literatura existe neste sentido, reclamando alguns autores que a raça negra foi branqueada de forma meio que forçada pela raça branca.

Assim citamos um exemplo se uma mulher branca no passado, de nível social/financeiro/intelectual, fosse abordada por um negro de nível social/financeiro/intelectual menor, ela poderia TER A SENSIBILIDADE de estar sofrendo agressão, ou assédio sexual, com certeza no passado ou em algumas culturas talvez estes comportamentos ainda sejam possível, relativizando tudo pelas diferenças de cor, ração, e nível social/econômico, inclusive o mesmo acontecendo com uma mulher negra se contatado com um homem branco de nível social/intelectual/financeiro muito menor que o seu.

Assim é muito mais pelas diferenças existentes que as SENSIBILIDADES podem ser afetadas, do que pela própria raça, assim estes preconceitos precisam ter cuidados para medir as SENSIBILIDADES APURADA de cada vítima que venham a denunciar.

Tudo isto para dizer que as SENSIBILIDADES das eventuais vítimas podem ser diferentes, enquanto uma pessoa tem uma certa intelectualidade passiva muito mais liberal, outra poderá ter esta intelectualidade muito mais restritivas, sendo muito mais SENSÍVEL que outra, podendo parecer VÍTIMA, muito mais que outra.

Quando citei um negro, que disse nunca ter sido vítima de preconceito racial, analisei que seu nível intelectual, bem como de seu pai, engenheiros e técnico em tecnologia eletrônica, já na década de 60/70, onde ele também tinha “brevê”, ou seja era piloto de avião, tendo sido inclusive piloto comercial de aeronave de passageiros(coletivo), fazendo São Paulo/Uberaba em sua atividade com aviões turbo hélices, isto tudo fazia dele um líder, um intelectual com grande capacidade de apresentação nos ambientes em que se apresentava, fazendo com que ele se interagisse com maior facilidade, que fosse recebido por pessoas de qualquer raça ou cor de forma mais receptiva, fazendo com que suas interações não o fizesse ser tão sensível a estes relacionamentos, que não o tornasse vitima tão fácil destes mesmos relacionamentos. 18/10/22