Os Marroquinos se tornaram candidatos mais atrativos para o portugal
Foram oito meses que passaram da assinatura do Acordo Marroquino-Português, trata-se do fluxo de Migrantes a aproveitar, cujo presidente português Marcelo Rebelo de Souda, autor deste acordo, estabelecido no quadro da reforma da lei de imigração, visando a viabilizar a entrada de trabalhadores estrangeiros, sobretudo as pessoas não europeus.
O parlamento português tem votado este mês esta nova lei de imigração, prevendo a concessão de visto temporário, de 120 dias e prorrogável por 60 dias, a estrangeiros à procura de trabalho, segundo a comunicação social portuguesa.
Segundo os mesmos meios de comunicação social, a ministra de Estado do Turismo de Portugal, Rita Marx, sublinhou, sexta-feira, que o seu país vai precisar de cerca de 50 mil empregados adicionais para conseguir uma melhor recuperação económica após a pandemia de "Covid-19".
Com esta decisão, Portugal pretende colmatar a escassez de mão-de-obra nos principais setores económicos, nomeadamente a construção e o turismo.
À semelhança de muitos países do mundo, o setor da hotelaria tem sido o setor mais afetado pela escassez de mão de obra em Portugal.
“Portugal precisa de imigrantes por causa da sua demografia, economia e cultura”, esclareceu Ana Catarina Mendes, Ministra dos Assuntos Parlamentares.
A comunidade marroquina em Portugal rondava em torno dos 4.000 em 2012, uma década depois, o seu número oscila entre os 8.000 e 10.000 indivíduos.
Portugal não era um destino atractivo para os trabalhadores marroquinos, porque o salário mínimo demora ainda entre os mais baixos da Europa, seja 822 euros por 40 horas de trabalho semanais.
Diante de tal situação, Marrocos e Portugal acordaram finalmente em Maio passado criar um grupo de trabalho, destinado a facilitar o emprego legal e a fidelizar o fluxo migratório em termos seguros e benéficos entre os dois países.
Com efeito, o acordo assinado pelo Ministro da Integração Económica, de Pequenas Empresas, de Emprego e Competências, Younes Skouri, junto com o seu homólogo, Ministro de Estado do Trabalho português, Miguel Fontes, prevendo a mobilidade de jovens, estudantes e trabalhadores.
Lembrando que cinco meses antes, os dois países haviam assinado um acordo sobre emprego e residência de trabalhadores marroquinos em Portugal.
Marrocos, país conhecido graças ao seu grande capital humano, fonte de mão-de-obra visando a França e Espanha, hoje outros fatores intervêm para com os diferentes países do Magrebe, face à Polónia e Roménia. Uma vez que tal força de trabalho que Portugal vai atrair ao seu benefício em termos de progredir e retomada da economia depois do “Covid” 19.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário - Marrocos