A “legismania” e a servidão voluntária

É comum ouvirmos pessoas dizerem “O fulano foi deputado por x anos e só apresentou dois projetos de lei”.

A primeira vista essa afirmação pode parecer negativa para o tal fulano porque nos países de grande influência da mentalidade socialista, como o Brasil, o cidadão comum assimilou a ideia perversa de que é bom ter um Estado policiador e que controla cada um de seus passos.

Os legisladores são avaliados pelo número de projetos de leis que apresentam, mesmo que completamente inúteis, e não pelo seu intelecto e visão da realidade. E assim são reeleitos ad eternum.

As leis muitas vezes são desnecessárias onde, por exemplo, se não existe lei que proíba “algo”, não há necessidade de lei específica autorizando a existência desse “algo”.

Se existe lei proibindo determinado “algo”, não há necessidade de nova lei “desproibindo” aquele “algo”, basta revogar tal lei.

Atentemos também para o fato de que quanto maior é o grau de percepção de seu papel na sociedade, menos os indivíduos precisam de regras de comportamento.

Se os indivíduos exigem regras formuladas por terceiros para controlar a si próprios, eles passam atestado público de que não são aptos para a convivência.

A realidade é que, quanto menos projetos de leis os vereadores e deputados apresentam, melhor é para municípios, estados e para o país.

O ideal mesmo é que esses parasitas fossem em menor número possível e não existissem tantas leis.

Enfim, assistimos a um desses comportamentos inexplicáveis do ser humano, onde ele clama pelas correntes que o vão prender e premia seus algozes e ao mesmo tempo confirma que, diante de sua incapacidade de entender a realidade, passa a confiar em pessoas que, quase sempre, são tão ineptas quanto ele, apenas foram mais “ativas” e conseguiram alcançar postos de controle da Sociedade.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 09/08/2022
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