O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO

Prólogo

O São João de Campina Grande é uma das principais festas juninas do Brasil e atrai turistas de várias partes do país.

Esses turistas chegam endinheirados, sorridentes e alegres para se jogarem no banho de cultura que rodeia a segunda maior cidade do interior da Paraíba. – (Nota deste Autor).

UM POUCO DE HISTÓRIA

Atualmente, numa área com mais de 42.000 mil metros quadrados, ocorre O Maior São João do Mundo. Nem sempre essa área foi a maior. Em Campina Grande, começou bem pequenina, em 1983.

Sempre houve uma disputa entre Campina Grande, PB e os outros Estados que organizam essas festas populares ao ar livre. Quem faz a maior festa?

Bairristas do lado de cá e do lado de lá dizem “A minha é a maior e melhor”. Essa competição não importa. O certo é que toda a sociedade ganha e se diverte!

Nesses festejos a culinária é de dar água na boca. Há dezenas de opções de lugares para matar a fome e a sede dentro da festa. E os pratos vão desde os tradicionais sabores à base de milho, massa de goma, carne de sol e queijo de coalho na brasa até comida japonesa e mexicana um pouco fora da temática, mas sempre com alguém na fila pela gula e/ou dinheiro no bolso (a).

Em Campina Grande tudo começou num chão de terra batida e com apenas algumas barraquinhas. E aquele arraial tímido, mas com nome grandioso, se transformou em uma das maiores festas do Brasil.

Aqui, em minha terra natal ou alhures a festa é bonita mesmo. Do simples ambulante vendedor de algodão doce ao artista mais festejado, todos ganham dinheiro para honrarem suas necessidades básicas ou extravagantes como fazem os exibicionistas esbanjadores.

Depois de muito tempo sem esses excessos de toda ordem, em 10/06/2022 o povão assistiu embevecido a abertura dos festejos, antes impedidos pela danosa Pandemia de Coronavírus (COVID-19).

MEU ENTENDIMENTO

Em 2017, conversando com uma antiga e sensual colega do curso de pós-graduação em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito), sobre esses festejos juninos, ela me disse entre risos de pura alegria espontânea e contagiante:

"No Parque do Povo e/ou em outros lugares onde houver festa, quero me esbaldar bebendo, comendo e dançando enquanto estou jovem, gostosa, bonita e viçosa. Quando eu ficar doente, velha e sozinha o tempo já me fodeu." – (SIC).

Ah! Isso é verdade – Disse-lhe eu. – O povo sofrido que não dispõe de assistência eficaz nos quesitos: Educação, Segurança, Saúde e Moradia... Precisa poder se reunir, com responsabilidade e sem excessos, em festejos populares para extravasar suas mágoas e frustrações.

O tempo passa para ricos e pobres, justos e injustos, gratos e ingratos, falsos e leais, mentirosos e verdadeiros, honestos e desonestos, hipócritas e desleais. Nada escapa à ação devastadora do tempo!

Quem quiser se manter isolado, numa mesmice frustrante e tendenciosa a uma insana depressão, que se mantenha e deverá ser respeitado (a) por essa decisão.

Lamento os que faleceram precocemente ou em idade avançada como foi o caso da Senhora gaúcha Lily Safra recém-falecida em 9/07/2022.

A herdeira bilionária viúva de dois casamentos, de origem modesta, foi uma das mulheres mais ricas do mundo, viveu de forma sociável, como apreciava e requeria seu "status" social.

Lily Safra foi casada com Alfredo Monteverde, fundador da rede de varejo Ponto Frio de quem ficou viúva em 1969. A última viuvez ocorreu no ano de 1999 quando o banqueiro libanês, naturalizado brasileiro, Edmond Jacob Safra faleceu em Mônaco. – (Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br – Nota deste Autor).

Infelizmente Lily Safra (Que Deus a tenha) faleceu sem ter tido a oportunidade de comparecer ao encerramento da festa popular nordestina consagrada e respeitada como o MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO!

CONCLUSÃO

Hoje, 10/07/2022, é o último dia da grande festa no Parque do Povo, sito em Campina Grande, PB. As exaltações farão as estatísticas de crimes, acidentes e incidentes excederem. Não era para ser assim, mas infelizmente a rudeza social potencializa o mal.

Enquanto o povão se diverte, no Parque do Povo e outros locais semelhantes, nos bairros da cidade os arrombamentos de casas e apartamentos ocorrem pelo fato de o aparato policial estar mais engajado na área dos festejos.

Não era para ser assim. Entendo que segurança pública precisa de aparato, qualificação e equilíbrio.

De qualquer forma posso concluir que: Venham a nós outros folguedos populares como Copa do Mundo, Natal e Ano Novo, Carnaval e assemelhados... Com ou sem Pandemia de Coronavírus (COVID-19) e criminosos albergados e outros com dezenas de passagens pelas delegacias, soltos, “fazendo a festa” nos bairros abandonados, o importante é:

O passado – Deve ser esquecido sem arrependimentos.

O presente – Precisa ser vivenciado com responsabilidade.

O futuro – A Deus pertence!

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.