O diabo sofreu uma grande derrota
O DIABO SOFREU UMA GRANDE DERROTA
Miguel Carqueija
A Suprema Corte dos Estados Unidos acaba de derrubar a Lei de Herodes, que ela mesma instituiu em 1973, numa fatídica decisão. A partir de agora haverá mais proteção à vida inocente naquele país.
Enquanto isso no Brasil já fazem campanha contra uma juíza que vetou o aborto num caso doloroso de menor de onze anos violentada e que engravidou. Ora, em qualquer caso de aborto provocado um bebê é assassinado, e ele não deixa de ser um bebê assassinado pela maneira como foi gerado, da qual não tem culpa.
No meu entender o Estado, quando não dá proteção aos seus cidadãos, notadamente os mais vulneráveis, deve ajudá-los e às suas famílias, em vez de provocar mais danos, que é o que acontece quando uma vida humana inocente paga o pato.
E também sou contra desviar a questão, culpando uma criança e esquecendo o verdadeiro culpado que é o estuprador. Nossas penas são muito leves e principalmente a execução penal, por causa do instituto da regressão da pena: um criminoso hediondo (assassino, estuprador) pode ser condenado há 20 anos e cumprirá quem sabe três ou quatro por causa da regressão penal, e o Congresso não muda esse estado de coisas.
Sou a favor da castração cirúrgica dos estupradores, desde que sua culpa esteja totalmente comprovada. O Congresso, a meu ver, tem de ser realista e aprovar uma lei nesse sentido, pois é óbvio para mim que se essa lei existir, desestimulará os estupros.
Mas voltemos ao caso dos Estados Unidos. O Dr. Bernard Nathanson, que foi em certa época o “Rei do aborto” naquele país, mudou completamente quando estudou Embriologia e descobriu, sem sombra de dúvida, que os nascituros são realmente bebês e que ele era um assassino de cinco mil vidas inocentes. Ele admitiu então que tomara parte numa campanha de difamação contra a Igreja Católica, que era acusada de ser a única instituição que se opunha à legalização do feticídio, o que é mentira, pois qualquer religião, por exemplo, é contra. A Igreja era, e é até hoje, acusada de ser retrógrada e obscurantista, vejam só. Retrógrada, atrasada, por defender a vida de bebês? Então, matar bebês é que é o barato?
Nós vivemos na Idade das Trevas, em plena inversão de valores.
E hoje sabemos que o caso alegado de gravidez por estupro, na época utilizado, era mentira, a pessoa mentiu para poder abortar. Mas, mesmo que fosse verdade, continuaria a ser o aborto a matança de um nascituro, um ser humano inocente e indefeso.
A quem serve o feticídio? De saída respondo que serve aos machistas, ao machismo. Quando legalizam o aborto os machistas deitam e rolam, dos estupradores aos sedutores porque ficam livres de responsabilidades por seus crimes. Pelo menos no que toca à criança. Não há nada mais machista que o aborto.
Além disso homem também faz aborto. É falácia falar em “direito da mulher”, pois a maior parte das vítimas fatais do feticídio são mulheres, ou seja, meninas abortadas, pois pratica-se largamente na Ásia, em países como Índia e China, e em menor escala no Ocidente, o aborto seletivo contra meninas. Por conta disso existe na China desproporção no número de homens e mulheres, e muitos homens (milhões) estão condenados à solidão.
O livro “Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra”, de Michael Litchfield e Susan Kentish, mostra que nos Estados Unidos, com a Lei de Herodes, agora derrubada, a prática abortiva atingiu proporções de todo insanas, até com abortamentos em pleno trabalho de parto.
Os abortistas, o pessoal da cultura da morte, está subindo pelas paredes, acusando a religião, posições dogmáticas. Ora, é claro que a religião tem o direito de manifestar sua opinião. Mas os próprios ateus têm a obrigação de serem contra o aborto, porque têm a obrigação de serem contra o homicídio. E não existe homicídio mais torpe e covarde que o aborto, pois representa o completo desvirtuamento da Justiça: a pena de morte para inocentes.
E repito: homem também faz aborto, e costuma ser mais culpado que a mulher. Em volta de cada aborto, além da gestante há muita gente envolvida, inclusive maridos e amantes que espancam suas companheiras para obrigá-las a abortar, já ouvi falar até de aborto a pontapé (como eu disse, aborto é bandeira machista).
Depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia nosso grande Papa Francisco realizou uma consagração solene do mundo ao Imaculado Coração de Maria, com menção especial da Rússia, como havia sido pedido por Nossa Senhora desde Fátima, e acrescentou o nome da Ucrânia.
Talvez graças a isso o Céu está dando força aos bons, aos pró-vida, e a cultura da morte começa a recuar visivelmente.
O demônio perdeu uma batalha!
Rio de Janeiro, 25 de junho de 2022.
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