QUANDO O ERRADO PASSA A SER O CERTO – PRIMEIRA PARTE

Prólogo

Uma pessoa não pode fazer o certo numa atividade da vida, enquanto faz o errado em outra. As atividades na vida podem até serem múltiplas, mas as individualidades de cada ação respeitam o indivisível. Até os bipolares dispõem de um tempo para se transmudarem.

Para ser sincero não vejo os politiqueiros, criminosos condenados e depois inocentados, biltres e néscios como sendo os únicos culpados pelo atual estado de insolvência do nosso Brasil. Vale ressaltar que a forma de protestar pode não ser a forma que trará melhores resultados para quem protesta. – (Nota deste autor).

Por fim, não me custa afirmar que todo ser humano pérfido ou leal comete e/ou praticará, em dado momento, desatinos. Talvez seja por ser sincero, autêntico e leal eu tenha poucos, mas bons amigos. Nunca fui um bom colecionador de hipócritas.

SOBRE O VOTO DE PROTESTO

Nunca esqueçam do deputado federal mais votado nas eleições de 2009 que tinha como plataforma "não sei o que um deputado faz". Em 1988, quando ainda usávamos cédulas de papel, os eleitores cariocas deram mais de 400 mil votos para prefeito ao macaco Tião, um simpático habitante do zoológico local. Foi o terceiro mais votado naquela eleição.

É de bom grado lembrar que em uma democracia, não há direito sem obrigação. Temos o direito de votar em quem quisermos, mas temos a obrigação de aceitarmos as consequências (tiro no pé) de nossas escolhas (opções).

No meu entendimento, salvo outro juízo, o voto de protesto e/ou por comprovada ignorância é que tem colocado muitos despreparados para representarem a nossa sofrida sociedade. – (Nota deste autor).

A EXPLICAÇÃO DO TEMA

A moral é o conjunto de valores que estão relacionados ao bem e ao mal, à forma correta de se comportar, ao que é permitido e ao proibido, que servem para indivíduos, comunidades e/ou sociedades, variando de pessoa a pessoa, de comunidade para comunidade, de sociedade para sociedade.

Isso é o que nos ensinam os mais velhos, os que se utilizam dos conhecimentos amadurecidos pelos usos e costumes familiares, em particular, e de uma sociedade organizada como um todo, mas o que acontece quando o errado passa a ser o certo?

Posso arrematar, para justificar o tema ora em comento, explanando a Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73, em vigor desde 1° de janeiro de 1976.).

A supracitada lei, por exemplo, autoriza o registro de um estabelecimento comercial ou assemelhados com erros gramaticais crassos. Exemplos: "BUXEXA MOTOS" e "SUPERMERCADO PEXINXA". Ora, se a lei diz que pode... Quem somos nós para dizermos que não pode? Essa é a prova do errado se transformando no certo com o apoio da lei!

UMA DECISÃO POLÊMICA DO STF

Até 2011, a união estável de pessoas do mesmo sexo não era reconhecida no Brasil. Tudo mudou em 5 de maio daquele ano, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva como um núcleo familiar como qualquer outro.

Claro que isso vai de encontro aos usos e costumes dos mais antigos (não sou exceção), mas "dura lex sed lex", isto é, “a lei é dura, mas é a lei”. Está decisão ainda hoje causa perplexidade por conta dos artigos 226, § 3º, da Constituição Federal Brasileira e o “Art. 1.723, do Código Civil Brasileiro.

Art. 226, § 3º, da CF. – "Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o HOMEM E A MULHER (Grifei), como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.". – (SIC).

Art. 1.723, do Código Civil Brasileiro. – "É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o HOMEM E A MULHER (Grifei), configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.” – (SIC).

Antes de 2011 era errado a união estável homoafetiva. De lá pra cá, apesar dos esperneios (insubordinação, reclamação) de muita gente boa, tudo ficou certo!

Repito para não deixar interpretações esconsas: A sociedade evolui ou se atrasa, mas as leis são elaboradas para serem seguidas. Neste texto, insosso para muitos, tentarei explicar e me fazer compreender respeitando todas as opiniões contrárias. – (Nota deste Autor).

UM ENCONTRO DE AMIGOS

HENRIQUE – É advogado experiente graduado pela UFRJ e pesquisador intimorato, sobretudo no que diz respeito ao conhecimento e comportamento humano. Henrique apresenta uma boa dose de orgulho, uma determinada tendência ao perfeccionismo, sempre acreditando que tem a resposta certa para tudo, e um ótimo faro para palpites corretos.

Considerado por quem não o conhece como devia, às vezes, petulante, isto é, aquele que se atreve, que ousa; atrevido, insolente, assim é o entusiasmado autodidata Henrique que aprecia sobremaneira os estudos sobre informática, mormente a Programação Orientada a Objetos. A ele interessa o estudo de três tipos de linguagens de informática: HTML, PHP e C++.

FERNANDO – É um homem das ciências humanas, da razão, não muito afeito às emoções, apesar de demonstrar em alguns dos seus fantasiosos escritos um lado mais humanizado.

É discreto, homem culto, que sabe um pouco de cada assunto, mas sempre enfatiza que ninguém saberá jamais de tudo; por outro lado, revela-se um introspectivo que entra em êxtase e até chora, em silêncio plangente, ouvindo a criação de Hans Zimmer “now we are free” na magistral interpretação Lisa Gerrard.

EUGÊNIO – É íntegro! O discurso, comprometimento e tomadas de decisões dele são orientados 100% do tempo pela disciplina, ética, transparência, lealdade, discrição e honestidade. Além disso, ele é alinhado com suas crenças, convicções e se destaca pelo alto grau de responsabilidade e dedicação em toda e qualquer atividade que se propõe a fazer.

Eugênio não se preocupa apenas com a sua própria integridade. Ele também age respeitando a integridade moral, física e intelectual das pessoas que lhe cercam e da sociedade como um todo, entendendo que todos os seus semelhantes têm direito a isso. Eugênio gosta, em todas as ocasiões, de se sentir útil e necessário.

O LOCAL DO ENCONTRO

Na periferia de Campina Grande, PB, no município de Lagoa Seca, PB, há um local aprazível, discreto e em harmonia com a natureza. A Cantina de Einar prima pelo atendimento profissional e afetivo com uma equipe especializada em licores, cachaças e comidas caseiras regionais.

Foi nesse local de clima terno que se encontraram os fraternos amigos Henrique, Fernando e Eugênio para tratarem de assuntos relacionados ao agronegócio, à pecuária em particular, mas entre goles de vinhos, licores e uísques surgiu o assunto – QUANDO O ERRADO PASSA A SER O CERTO –.

Observação pertinente e necessária:

Este texto terá continuidade, com a respectiva conclusão, no endereço da segunda parte abaixo:

https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-sociedade/7536269

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.