DEVER DE IMPARCIALIDADE

Era segunda-feira 2018, estava em meu trabalho no Honorato Viana. Trânsito intenso. Agitação no posto.Analisando a situação de determinada empresa, detectei que estava com a inscrição estadual no cadastro de contruintes do Estado da Bahia inapta ( cancelada) , expus a situação ao motorista que chamou o responsável pela empresa para resolver a questão, de repente, ele chegou, quando me viu, tomou um susto:

-- "Você, Juclito?-- Zorra ! Logo você, meu inimigo de infância.Muito azar o meu motorista dar a nota fiscal para carimbar com tantos fiscais trabalhado, logo a alguém que é meu desafeto , que não gosta de mim, que decerto, irá me prejudicar".

Olhei sério para ele e respondi:

-- Pavito , me sinto impedido de fiscalizar a sua empresa, afinal me considera inimigo, graças a uma bobagem de quando éramos adolescentes. E, com tanto tempo passado, ainda guarda rancor e ódio de mim. Balancei a cabeça negativamente e continuei:

-- Camarada, apresento minha suspeição, muito embora aqui, separo o cidadão Juclito, da questão pessoal , sou o preposto fiscal, você o contribuinte. Longe de mim, prejudicá-lo por alguma divergência do passado.

Ele olhou-me sério e disse:

-- "Juclito , prossiga com o seu trabalho.Confio na sua integridade. Sei que é imparcial" --ponderou.

Conclui minha ação fiscal.Por sinal, a empresa dele estava em situação de inadimplência com o Fisco baiano havia algum tempo.

Agradeceu por eu lhe ter orientado como proceder frente à Secretaria da Fazenda, para resolver sua situação.

JUCKLIN CELESTINO FILHO