Campos de Tindouf sob pressão da crise sanitária e falta de qualquer meio adequado para sobrevivir

Os campos de Tindouf enfrentam as difíceis condições de vida, por causa de suprimentos de alimentos e remédios e dos efeitos negativos da guerra russo-ucraniana, agravando os meios de sustento nos campos, chamando de forma urgente às organizações da ONU para encontrar saída para os saararnaios detidos.

Este apelo veio dias após o desvio por parte de um grupo a ajuda humanitária para o mercado mauritano, devido a cúmplice da liderança do “Polisario”, cujos cincos carregamentos foram desviados, no início deste mês de março da zona Rabouni”, sob controle do pretendido “Ministério do Comércio”.

A organização da Cruz Vermelha considerou a preocupação com a deterioração das condições humanitárias nos campos, alertando sobre o aumento dos casos de desnutrição e anemia entre crianças e mulheres, além da fragilidade social causada pela pandemia.

Neste contexto, Mohamed Salem Abdel-Fattah, ex-líder da Frente Polisario e atual chefe do Observatório Saharaui para a Média e os Direitos Humanos esclareceu que “o apelo lançado pela Polisario à ajuda humanitária expõe a trágica dos moradores dos campos de Tindouf, fato coberto pela propaganda enganosa da Argélia e Polisário”.

Salem Abdel-Fattah, no comunicado ao jornal Hespress, chamou para denunciar as responsabilidades da Argélia, país anfitrião dos separatistas, refugiados no seu solo regional, por trás os recursos financeiros argelinos, sob uma causa perdida e repudiada em detrimento da costa humanitária.

"Apesar do generoso apoio da Argélia à Polisario em termos militares e propaganda política, além das finanças aos representantes, ativistas e apoiadores da Polisario no exterior, deixando a população detida sem sustento, dentro do solo argelino, vulneráveis a toda influência, e sem nenhuma mendicância ou ajuda das organizações humanitárias internacionais."

Todos os relatórios internacionais trataram do envolvimento dos dirigentes da frente no saque e desvio das ajudas à população saharaui com a cumplicidade de militares argelinos, tais relatos internacionais são cada vez mais divulgados a nivel internacional, desvendando as manobras e a manipulação da frente sobre um número de pessoas nos campos.

O separatismo da frente da polisario não corresponde à realidade no terreno, uma vez que o camuflo e a perigosa situação perdurante na zona, destrua qualquer sonho de ter um estado independente do Marrocos, fora da realidade histórica e origem geográfica, tal vazio ampliado em termos da ajuda humanitária agrava o desvio e saque, inundando o mercado em contorna da Argélia e países vizinhos, Mauritânia e Mali, tornando-se tais grupos armados no Sahel e Saara, uma maquina do separatismos e radicalismo, prejudicador da segurança e estabilidade para todos os países da região.

Numa altura no qual os países da região e as forças vivas procuram novas formas de lutar contra o radicalismo e guerra, estreitando as relações entre os estados, uma vez que as pressões sobre Polisário, Argélia e Sul da África, mantidas em favor da proposta de autonomia do Marrocos que visa a paz e a estabilidade da região do magrebe.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário-Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 26/03/2022
Reeditado em 26/03/2022
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