CALAR, CONSENTIR, APAZIGAR, DEIXAR PRA LÁ, CONTAR ATÉ 1000, FAZER-SE DE BOBO

CALAR, CONSENTIR, APAZIGAR, DEIXAR PRA LÁ, CONTAR ATÉ 1000, FAZER-SE DE BOBO

Todo dia vivemos momentos, que gostaríamos de expor nossa opinião, tentar impor nossa interpretação ou nossa compreensão, fazer com que outros aceitem fazer como nós gostaríamos que fosse feito.

Todos os dias vivemos a maior parte do tempo interpretando o que outros gostaríamos que nós fossemos, o que esperam de nós.

Na verdade, ver coisas sendo feito em velocidade diferente do que esperamos, sendo feito de forma diferente do que gostaríamos, ou interpretar o que outros esperam de nós, nos cansam, deixa-nos em estado de stress, mas é a única forma de conviver neste mundo sem chocar, bater de frente, ser um pouco querido.

Se impormos corremos o risco de sermos isolados, ou então já nos isolamos voluntariamente, muito se diz, que na medida que crescemos na cadeia de conhecimento com o tempo que vai passando, vamos nos isolando cada vez mais, a ponto de se tornar a vida mais chatas, que viver em conflito. Então temos que escolher os gatos que temos que comer e aceitar, e os que nos afugentas para o isolamento, uma vez que não iriamos querer interpretar.

A magoa, ou a aceitação de determinados fatos que nos cercam, tudo não passa de um comportamento nosso, se reagirmos querendo diferente do que foi feito, exposto, corremos o risco de nos tornarmos chato, assim quase sempre o melhor é não enxergar, não ouvir o que está acontecendo.

De qualquer forma a melhor forma, mesmo que entenda deva reagir é contar até 1000, antes de tomar uma atitude, mas na maioria das vezes, mesmo achando que devêssemos interferir, mostrar nossa posição a respeito, o melhor quase sempre é “deixar pra lá”, pois isto parecerá estar consentindo, apaziguando o relacionamento; a interação.

Muitas coisas boas e ruins acontecem com muitas pessoas boas e ruins, e parece que nossas vidas, analisamos sermos gente boa, e que na verdade muitas coisas boas acontecem conosco, então só temos é que reconhecer que estamos entre os abençoados; o que nos faz com que ainda se sinta melhor.

Se nós olharmos para os menos favorecidos, os que tem problemas muito maior que os nossos, então entenderemos que nossa vida é muito boa.

Ainda recentemente nos deparamos com um pedido de ajuda de recursos para o fim de comprar um guincho hospitalar para ajudar uma mãe, que tem um filho adulto tetraplégico na cama, que ela vem ajudando a uma vida inteira, mas que no último ano devido ao esforço e trabalho com a manutenção e cuidado de vida com o filho, acabou acidentando a coluna, que está com cirurgia marcada, tentou resolver o problema repassando para as filhas, que tentaram ajudar, mas não se adaptaram para continuar, voltando o encargo a mãe. Mãe que sempre pode tudo, mãe que nunca abandona o trabalho de cuidado; felizmente o pedido de ajuda em três dias obteve resultado positivo capaz da aquisição do equipamento.

Este relato, é um dos mais complexos e pesado para uma família, mas outros existem que nos chama a atenção todo dia, como recentemente de um divorciado que constatou a esposa que era o caixa e o financeiro roubando a firma e comprando bens para a família em escala de milhões, descoberto criou um ambiente irreconciliável de continuidade, levando ao divórcio, mesmo assim houve um tentativa de continuidade, quando pegou também o irmão que trabalhava na empresa também roubando, e quando do acerto foi defendido pela esposa então irmã o que foi a gota que transbordou na separação.

Outros casos de não manutenção das obrigações do casamento que perdura por anos e anos, chegando à década, que leva a separação por mais amigos que sejam, um dia a gota ultrapassa a borda do copo e o divórcio vem à tona.

Não a muito citei um caso de uma mãe solteira com um filha que estava tendo dois empregos, e estava conseguindo seguir em frente com a ajuda da vizinha, e ai então surgiu uma oportunidade de fazer o curso de enfermagem, o que conseguiu contornar todos os seus tempos com a ajuda da vizinha, e o prejuízo da relação com a própria filha, para poder concluir o curso de enfermagem na tentativa de reduzir no futuro para um único emprego, e com o fim do curso, voltar a melhor o relacionamento com a filha. O prejuízo sofrido, é irrecuperável e pode deixar marcas, traumas, etc., contudo o resultado do esforço é chegar a um patamar de um emprego melhor que poderá trazer mais oportunidade para si e para a próprio filho no futuro. De uma ou de outra forma é muito difícil tomar as decisões mesmo sendo os atores do enredo, mas sendo espectador julgar é muito mais difícil, só o tempo sentencia o que é pune, pune, ou privilegia com recompensa os atos passados por cada uma, de como pode passar por tanta dificuldade e ainda sair do outro lado, ileso ou não.

Nunca conseguimos o melhor dos dois mundos, as vezes a vida nos oferece um mundo que temos que aceitar e conviver o melhor que pudermos, as vezes queremos muito desde mundo e somos punidos por não aceitar o menos, de qualquer forma nossos atos geram consequência, as vezes fáceis de suportar, as vezes impossíveis de suportar nos levando a “espanar a porca do parafuso pelo excesso de torc”, nos levam a loucura, nos levam ao abandono, nos levam ao sumiço e as vezes até ao suicídio.

O estado de necessidade no cód. penal, torna inimputável o autor da atitude criminosa e o melhor exemplo que já vi até hoje é a do naufrágio, onde uma tabua só, mantem um flutuando, então haverá disputa entre dois para ver que ficará com a tabua, quem sobrevirá ao naufrágio, então matar o concorrente, para manter-se vivo deixar de ser crime por ter agido em estado de necessidade.

Assim recentemente participamos de um noticia antiga, onde o presidente de um asilo teve que dispensar parte da clientela, por ausência de recursos, ou seja, tinha 100, e dinheiro para manter só 50, teve que tomar uma decisão politica de dispensar 50, alguém tinha que tomar a decisão, inclusive de que forma seria escolhido aquelas pessoas que iriam serem dispensados, e como estas pessoas iriam viver após a despedida do asilo. Com certeza a critica da dispensa é severa, mas no debate, pediu ao critico se colocasse no lugar, para decidir como mataria os 100 por falta de recurso, ou se dispensaria os 50, para manter os ouros 50, e o critico disse então eu me demitiria, mas esta não é a melhor solução pois desta forma em vez de salvar 50, dispensando 50, teria de dispensar os 100.

Muitas decisões são criticas neste mundo, não tem uma melhor decisão, todas são ruins, a solução é escolher a menos pior.

Caso parecido ocorreu em uma cadeia/delegacia em são Paulo a uns 12/15 anos, onde a lotação razoável era de 10, e continuavam recolhendo detentos, assim passados mais de 60 (sessenta), os internos resolveram eleger alguns para morrer, com a finalidade de manter o suporte de vida dos internos, e foi assim até que pararam de introduzir mais detentos onde já havia muito além da conta.

Na vida mais simples do dia a dia enfrentamos problemas que declinamos nossa atitude crítica, qual seja, comprar algum alimento sem perguntar o preço, e depois de comido, achar muito caro o valor, abusivo até criminoso, o correto de que como erramos ao não perguntar, seria pagar e calar-se, erros concorrentes, devemos aceitar sem reclamar, fazer-se de tonto, aprender para não repetir, só consumir se antes concordar com o preço pedido, e isto se houver escolha, muitas vezes temos que pagar um sobre preço em razão do local onde estaremos, em um fim de mundo onde não temos opções ou escolha, temos que adquirir mesmo com o sobre preço por falta de opção.

Assim aqueles que menos brigam na vida, são os mais queridos, as vezes reconhecidos como “bobos”, mas mesmo assim mais queridos. Não quer dizer que este seria a politica correta. 02.02.2022

estreladamantiqueira
Enviado por estreladamantiqueira em 02/02/2022
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