Marrocos: O déficit hídrico das principais barragens atinge a 60%

O Marrocos vive uma situação difícil de seca dos últimos anos, tanto a agricultura como o modo de vida socioeconômico sendo cada vez mais  afetado, necessitando uma certa inovação no sentido de buscar novas fórmulas  para lutar contra este estado calamitoso,  substituir o estado atual com a raridade da água, cada vez mais criticado, sob os meios tradicionais, e não do ponto de vista tecnológico e recursos renováveis. 

Os dados oficiais do governo de energia consideram a situação hidrológica de Marrocos preocupante devido à falta de precipitações no final do ano passado e Outubro passado cuja diminuição das chuvas resultou num défice nas várias bacias hidrográficas.

De acordo com os dados apresentados por Nizar Baraka, Ministro dos Equipamentos e Águas, durante a sessão de perguntas orais no Parlamento, terça-feira, considerando que o período 1 de setembro de 2020 a 31 de outubro de 2021 registrou precipitações médias, oscilando em média entre 110 mm na bacia Ziz Kir Grisse e 515 mm na bacia Alocuss.

Tal situação das chuvas resultaram num défice nas várias bacias hidrográficas, sobretudo nas bacias de Moulouya, Tensift, Ker Ziz Griss e Souss Massa, tratando de proceder a uma importação moderada de água; cujo volume total das importações de água tem registrado um total das principais barragens do Reino durante o mesmo período, cerca de 5,3 bilhões de metros cúbicos, traduzindo um déficit estimado de 59 por cento em comparação com a taxa anual do recurso de importação.

O ministro, Baraka, apontou que esta situação pode afetar negativamente o volume das reservas de água nas barragens; têm atingido cerca de 5,55 bilhões de metros cúbicos, ou 34,5 por cento da taxa de enchimento total, comparando aos 35,7 por cento registrados na mesma data do ano passado.

Tal estoque de água atualmente disponível nas barragens, só vai permitir responder às necessidades em termos da água potável, quando se trata das principais cidades abastecidas pelas barragens, mas em condições normais, com exceção das localizadas nas bacias de Moulouya, Oum El Rabie e Tensift, podendo ser afetados caso a situação hidrológica não melhorar.

O Ministro do Equipamento e Água sublinhou  que os departamentos relevantes do Ministério, bem como do Ministério do Interior, do Ministério da Agricultura, das agências de bacias hidrográficas e do Gabinete Nacional de Eletricidade e Água Potável devem avaliar os riscos, para determinar as medidas necessárias para enfrentar tais dificuldades potenciais.

Tais medidas a ser tomadas a este respeito incluem o acionamento das comissões de vigilância e seguimento chefiadas pelos governadores, cujas decisões necessárias são para melhorar, gerir os recursos hídricos disponíveis e tomar as medidas urgentes para racionalizar a utilização da Água, acompanhamento contínuo do estado em relação aos recursos hídricos de acordo com a evolução da situação hidrológica.

Finalmente esta situação atual, cuja preocupação ministerial, sensibiliza sobre a situação dificil que busca por meio de recursos hídricos adicionais, principalmente subterrâneos, cujas possibilidades de desvios são para suprir a carência,  acelerar o desenvolvimento e instalação dos equipamentos necessários e plataformas elevatórias, capaz de manter as flutuantes nas barragens, e permitir o aproveitamento integral das reservas de água.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 24/11/2021
Reeditado em 24/11/2021
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