O déficit orçamentário do Marrocos ultrapassa 160 bilhões de dirhans

Os dados do governo sobre o déficit orçamentário são imprecisos, uma vez que o valor real ultrapassa em muito o que foi projetado para o ano de 2022. Tal foi objeto de muitas sessões parlamentares.

Em uma intervenção dentro de um simpósio organizado pela Transparência Marrocos e da Associação Marroquina para os Direitos Humanos,  quarta-feira, os economistas consideram que o déficit orçamentário pode chegar a 164 bilhões de dirhans.

As receitas regular do estado sao de 255 bilhões de dirhans; Enquanto as despesas normais, com os salários de funcionários,de  equipamento ... de juros de dívidas, chegam a 270 bilhões de dirhans, o que significa um déficit entre a receita normal e as despesas regulares de 15 bilhões de dirhans.

Somando-se a isso 87 bilhões de dirhans alocados para investimentos, o déficit pode chegar a 103 bilhões de dirhams, além da amortização das dívidas anteriores, no valor de 61 bilhões de dirhams, cujo “déficit real do governo envolve a necessidade de financiamento, de 164 bilhões de dirhams;  equivalente a mais de 16% do produto interno bruto, uma vez que  o déficit do governo queda na faixa de 5,6% do produto interno bruto.

O governo do Marrocos mantém contato direto com o Banco Mundial com vista a cobrir o déficit orçamentário real, em relação às instituições financeiras internacionais, uma forma de contrair novas dívidas em 2022, chegando a 105 bilhões, objetivo é de reduzir o déficit (164 bilhões) para 59 bilhões.

O financiamento do orçamento no Marrocos constitui "um verdadeiro impasse que se renova a cada ano, podendo ser uma bomba perigosa a explodir a qualquer hora, cujo motivo é a falta de vontade de realizar reformas reais e aumentar a receita real.

A tendência do novo governo resolver a situação social, emprego, assistência social, e seguro social, demoram algo que não vai se diferir de seus antecessores, sob um discurso contra a melancolia e desorientação social, que  ameaça as perspectivas futuras das pessoas que acreditam nas políticas públicas, objeto da obsessão  dos desequilíbrios macroeconômicos, impossível de traduzir uma saída de pleno equilíbrio socioeconômico, tanto deste governo, como foi dos anteriores governos.

O exemplo do “arrendamento” como uma prática para ganhar dinheiro, mais ao mesmo tempo constitui uma das fontes dos gastos públicos, caso do Ministério da Saúde durante o período da pandemia de Corona, a despesa foi de oitenta por cento, o que significa que existe uma despesa improdutiva, sobretudo dos negócios de compra de equipamentos medicinais e outros,  ligado às empresas específicas, como se disse de negócios perdidos.

Tal fato foi objeto da transparência e de propostas das autoridades centrais e de muitas vezes permanecem informais.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, Marrocos