Uma espécie de êxodo Pantaneiro
A cidade de Corumbá, hoje no Estado de Mato Grosso do Sul , já foi uma cidade de Mato Grosso antes da Divisão do antigo MT Uno até 1977, quando o General Geisel com uma canetada dividiu o estado e criou o Matogrosso do Sul.
Mas a História de Corumbá, segundo doutos pesquisadores e doutores em História e mesmo relatos populares nos recordam que a bela cidade Branca já foi uma cidade paraguaia, poderia ser uma cidade boliviana por sua localização geográfica e até cultura, voltou a ser do Brasil com a retomada histórica, já foi totalmente incendiada e, num período histórico chegou a declarar-se uma cidade Estado independente, inclusive do Brasil, foi um conflito político e brevemente Corumbá foi um país independente. Antes da Divisão de MT e MS chegou asurgir um mapa num jornal do estado com uma divisão em três estados, num deles Corumbá seria a Capital.
Toda essa briga e conflitos históricos interessantíssimos e reais tem muito fundamento. No plano econômico e político Corumbá era a cidade mais poderosa do MT até as décadas de 30 40 e 50, navegação intensa, indústrias, ferrovia, comércio fortíssimo, pecuária fortíssima e também minérios como ferro, manganês, calcário e intensa atividade cultural e científica, inclusive com vários inventores e políticos com refinado preparo. Corumbá chegou a sustentar a base da economia do MT UNO com mais de 45% de toda a arrecadação de ICMS do Estado.
Durante o Regime Militar Corumbá tornou-se área de segurança nacional e nesse período e pouco antes, com a mudança do eixo do capitalismo (1945/46)da Europa/Inglaterra para os Estados Unidos...Ai começou o declínio econômico da cidade que foi perdendo força política, econômica e passou a ver muitos dos seus filhos terem que deixar a cidade para estudar e até mesmo para trabalhar em vários estados, no início Rio, Cuiabá, Bolívia, Paraguai e depois o grande fluxo para Campo Grande que virou Capital e virou o principal destino de Corumbaenses, por razões óbvias. Campo Grande de 100 mil habitantes em 1975 hoje após a divisão está chegando a 1 milhão de habitantes e desenvolveu muito.
As vezes, vemos falas equivocadas e até maldosas, ao referirem-se, aos que deixaram Corumbá, como se não gostassem de sua cidade ,cultura e história. Na verdade muitos não teriam nem opções de sobrevivência se ficassem na cidade, seguiram , muitos em busca de seus sonhos, trabalho , estudos e até por outras razões. Assim , como também foram para Corumbá árabes ', bolivianos, paraguaios e pessoas de vários Estados e países, fazer de Corumbá sua cidade e vida, assim , geograficamente e por várias razões é impossível para milhares de Corumbaenses voltarem a viver na cidade Branca. Isso ficou patente, a meu ver na visita de Apolônio de Carvalho a Corumbá, num momento de conversa ele me disse, Vitório a muito eu sonhava em voltar a Corumbá com a Renée..infelizmente , hoje é quase impossível nessa altura da Vida voltar a viver em minha terra Natal Corumbá...e aquela seria a última viagem do General Apolônio a sua terra Natal...O nosso herói das Três Pátrias que lutou em armas contra o Nazismo e Fascismo na Europa onde foi homenageado como Herói de Guerra.