O dilema “bi” — Se for “bi” é bom?

1) BIFURCAÇÃO — Nem sempre ajuda quando não se conhece uma região. Pegar a estrada errada pode estragar a viagem de passeio ou de negócios.

2) BIMOTOR — A página chamada “MANUAL DO PILOTO” nos diz sobre aviões bimotores o seguinte: // Hoje na aviação executiva leve — onde os bimotores mais têm ganhado espaço — vê-se uma maior exigência da agilidade do voo, e do maior conforto ao passageiro. Para algumas pessoas, isso se traduz em que o piloto deva evitar manobras bruscas, nuvens pesadas, turbulência ou ser sempre cuidadoso. (...) Outro ponto muito favorável para a escolha de voar um bimotor são as margens maiores de operação. Ele aguenta, digamos assim, “sofrer mais” do que um monomotor. \\

3) BICAMPEÃO — Essa é uma condição boa, mas ela pode acostumar muito mal uma pessoa, principalmente se for numa situação de torcedor. Saber perder é uma virtude necessária.

4) BIMESTRAL — Seria muito bom se nossos boletos e nossas contas tivessem vencimento a cada dois meses. Mas, no resto, essa palavra só traz preocupação.

5) BIÊNIO — Seria muito bom se o nosso corpo demorasse dois anos para registrar o passar do tempo na nossa estrutura física. Neste caso, a expectativa de vida de todos nós (terráqueos) poderia chegar a ser de até dois séculos. Mas há muitas comemorações úteis ligadas à palavra “biênio”.

6) BICAMERAL — Segundo o dicionário, essa palavra significa um “regime de representação em que há duas câmaras legislativas”. Para nós brasileiros, por exemplo, sempre escutamos que o Congresso Nacional tem duas “casas”. Atualmente (ano 2021), temos a Casa de Mãe Pacheco (o Senado) e a Casa de Mãe Lira (Câmara dos Deputados). Alguns poderiam dizer que ambas estão mais para a Casa de Mãe Joana, mas seria um insulto às “joanas”. Lá no portal SIGNIFICADOS.COM.BR nós aprendemos que: “A expressão "casa da mãe Joana" teve origem no século XIV, segundo Câmara Cascudo (historiador, antropólogo, advogado e jornalista) foi criada graças a Joana I , rainha de Nápolis e condessa de Provença, que viveu entre 1326 e 1382”. Ainda bem que “bicameral” vem de “câmAra” e não de “câmEra", porque um telefone celular (para ser bom) tem que vir pelo menos com duas câmEras. Veja que o historiador se chamava “Câmara” — mas isso foi só coincidência, de o nome dele aparecer aqui neste tópico n.º 6.

7) BILATERAL — Em debates, é muito importante que procuremos observar com respeito alguma contraprova de nossa afirmação. Só assim poderemos conseguir provar que estamos certos ou concluirmos que eventualmente erramos.

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Da série: “Não admitir o erro é ser birrento. Insistir nele é ser bi-birrento”