Guterres: “A Polisario” desvia a ajuda humanitária destinada a detidos nos campos de Tindouf

No seu relatório ao Conselho de Segurança sobre o Saara marroquino, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres tem chamado contra o desvio da ajuda humanitária internacional, por parte das milícias da “Polisario” em detrimento do povo saharaui detido nos campos de Tindouf, sudeste da Argélia.

Neste relatório que o secretário geral da ONU, Guterres destacou tem advertido o Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, além das organizações não governamentais, acusando a Polisário das práticas inumanas devido ao desvio dos alimentos, vestimentos e comida, objeto do comércio nos mercados das zonas fronteiras dos países, Mauritânia, Mali e Burkina fasso entre outros.

O pedido do Secretário-Geral das Nações Unidas visa a confirmação do Organismo Europeu de Luta Antifraude, denunciando mais uma vez, o grande desvio de ajuda humanitária e financeira, durante mais de quatro décadas, por dirigentes da Polisario e responsáveis argelinos.

Além disso os relatórios de inspeção da ONU, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas tratam de publicar relatórios sobre a situação inhumana nos campos de Tindouf, Algélia, na qual o povo sarauí sofre e morre sob a agressão e a tortura, por trás do regime militar autoritário argelino.

Tal desvio de ajuda humanitária pela milícia da Polisario contra os campos de Tindouf, de forma sistemática, permitindo um enriquecimento das milícias “Polisario” e dos oficiais argelinos, conforme o relatório da ONU, e discurso real.

TP Europeu Antifraude.

O relatório do Secretário-Geral, pela primeira vez, revela a deterioração da situação humanitária nos campos de Tindouf, por trás dos líderes separatistas da “Polisário”, os quais se enriquecem à custa do sofrimento e da privação da população mantida contra sua vontade nesses campos.

Tal desfalque decorre da falta de um censo para os residentes dos campos de Tindouf, denunciando junto ao país anfitrião, Argélia, em grave violação das suas responsabilidades internacionais e resoluções do Conselho de Segurança desde 2011.

Esta referência de corrupção persistente, e pela primeira vez no relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas dirigido ao Conselho de Segurança, tratando do desvio de ajuda alimentar pela “Polisário”, cujo movimento separatista e Argélia não tem como negar tal crime hediondo contra os povos sarauís dos campos de Tindouf.

De fato, o Secretário-Geral da ONU tem o poder de denunciar a situação desumana em termos de violações dos direitos humanos nos campos de Tindouf, agravados ainda mais pela pandemia COVID-19.

Finalmente, esses campos de Tindouf, devastados pela epidemia, constituem uma zona de experimentação durante a segunda e terceira ondas de epidemia, afetando todo o povo sarauí, desprotegido e sem nenhum meio. Tal situação catastrófica implica a Argélia, suas responsabilidades e obrigações junto ao grupo separatista armado, em termos de crime organizado internacional e terrorismo na zona Sahel-saara.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário-Marrocos