LEI DO TRABALHO
Nair Lúcia de Britto
O trabalho é uma Lei Natural. Não é apenas uma atividade física porque o espírito trabalha junto com o corpo. Trabalhar é uma consequência da natureza corporal do homem; uma expiação; mas também é uma forma de aperfeiçoar o espírito. Isto quer dizer que, sem trabalhar, o homem permaneceria com uma inteligência infantil.
É necessário que o homem trabalhe para seu próprio sustento e o de sua família; é o que lhe trás segurança e bem-estar. É uma imposição natural para que o homem ou mulher desenvolva a sua inteligência.
Os menos resistentes à força física geralmente são dotados de maior inteligência para que desenvolvam um trabalho intelectual. Porém tanto o trabalho braçal como o intelectual tem seu merecimento e seu valor, porque a humanidade necessita de ambos.
Todos têm necessidade de trabalhar. Até os animais trabalham, com a diferença de que o trabalho e a inteligência deles são limitados. É por essa razão que o trabalho dos animais não os levam ao progresso. Mas mesmo que, inconscientemente, os animais trabalham para atender suas necessidades materiais e, ainda que o homem não perceba um resultado imediato no trabalho dos animais, estes estão também dando uma preciosa colaboração para o homem e para a preservação da Natureza.
O trabalho do homem, porém, tem uma finalidade dupla que é a preservação do seu corpo físico e o desenvolvimento da inteligência que, por sua vez, sendo bem conduzida, o eleva espiritualmente. A natureza do trabalho é relativa às respectivas necessidades do homem. Quanto menos necessidades materiais menor será a necessidade de trabalhar.
Isto não quer dizer que o homem poderá ficar inativo e inútil. A ociosidade seria para ele um suplício e não um benefício como, erroneamente, poderíamos supor. Mesmo que o homem já tenha bens suficientes para se manter deve prosseguir trabalhando para continuar aperfeiçoando a sua inteligência e proporcionar que outros também a desenvolvam. Dessa forma o trabalho será útil para ele e para os seus semelhantes.
Quanto mais desenvolvida a inteligência do homem maior será a oportunidade de fazer o bem. O importante é que todos façam um trabalho útil, conforme as aptidões que Deus lhes concedeu, da forma como Ele planejou. Daí porque, por mais simples que sejam, todas as profissões têm sua necessidade e seu valor.
Por exemplo: Se uma pessoa tem vocação para a música, mas vai ser médico por uma questão de status; fatalmente ele será um péssimo médico e não será um consultório bonito ou um tratamento afável que vai lhe conferir a capacidade necessária para um resultado positivo.
Quando o homem trabalha conforme os dons que recebeu de Deus, ele trabalha com amor e esse amor faz com que o trabalho dele seja plenamente eficiente, independentemente do status conseguido.
O que o homem nunca deve fazer é entregar-se voluntariamente à ociosidade e manter sua existência graças ao trabalho dos outros.
Além de ser injusto também é muito prejudicial ao ocioso que poderá ser vítima de problemas emocionais ou até físicos. Nosso corpo e nossa mente não nasceram para ficar estagnados. Quanto mais os exercitamos física ou mentalmente mais fortes nos tornamos.
Nunca devemos nos basear na aparência nem no linguajar bonito, na hora de escolher um determinado profissional. Tomem por base o amor com que ele trabalha. Se de fato quer te proporcionar um bem ou quer apenas seu próprio benefício. O mesmo critério deve ser usado no período eleitoral.
Se o candidato tem vocação artística ou outra habilidade que não seja vocação para a Política não será a popularidade dele que vai lhe proporcionar condições para o progresso necessário de um País.
Como diz o italiano, “Capito?”
Texto baseado nos Princípios da Doutrina Espírita, explicados por Allan Kardec