ALGUNS ATOS NÃO DEFINE UMA PESSOA NA INFANCIA

ALGUNS ATOS NÃO DEFINE UMA PESSOA

Em um Bairro na antiguidade havia um escola rural até terceiro ano, a religião naquela época de 1960 era predominante católica, a atividade era os fins do cafezais, pouco de pecuária, os Olarias de tijolos cerâmico estavam em constante crescimento, para fazer fila de mais de cem caminhões no farol de Vila Galvão, na Rodovia Fernão Dias em Guarulhos todos os dias a partir da três hora da manhã, e 99% eram de caminhões de tijolos de Bragança Paulista, e o referido Bairro contribuía com mais de meia dúzia destes caminhões não trucados que levavam em torno de dez mil tijolinhos, um motorista e um ajudante especializados na maior parte dos dias da semana em fazer duas viagens para vender tijolos naquele local.

Não havia creche, nem qualquer tipo de atividade para crianças menores de sete anos, mas aos sete anos, os rebentos eram enviados para a escola pública do Bairro, pelo menos aqueles que moram a menos de três quilômetros, pois naqueles idos dos tempos, diferente de hoje, que as Prefeituras recebem verbas do Estado para transporte de alunos, não havia qualquer ajuda para o transporte, nem tão pouco merenda Escolar.

Eram carteiras de madeiras abastecidas em um buraco na madeira de um vidro de tinta azul que eram colocados todos os dias após o abastecimento de tintas a granel de um litro de tinta maior, e uma caneta de pena, este era o instrumento de escrever, havia lápis, mas o ideal do professor era ensinar com a pena de ferro já a esta época da caneta a tinteiro, não podemos esquecer que o “mata borrão” era um instrumento importante, para o excesso de tinta não borrar no papel.

Ir a escola, sair de casa do convívio da família onde se viveu até então sem contato com outras crianças, visto que na roça, as casas são mais distantes, então as crianças não se reúne, portanto ir a escola é um meio de reunião de crianças mais ou menos da mesma idade e assim, levando em consideração que são só primeiro, segundo e terceiro ano, as idades das crianças variam de sete a dez anos, e aqueles de sete pela primeira vez está tendo a oportunidade de conviver com outros alunos e se adaptarem na convivência com pessoas da mesma idade.

Marcação de território não é coisa dos bichos, dos cachorros que vai “mijando” por onde passa, logicamente que as crianças ou seres humanos em geral, marcam território, seja medindo o tamanho do “mijo”, sejam, no grito, sejam na força, luta de quebra braço, ou qualquer meio de mostrar superioridade na força e no controle dos mais fracos, enfim este é a vida.

Já era naquela época e continua sendo hoje, crianças “mimadas” em casas, arrogantes quando ingressam na escolas hoje em idades mais infantil obrigatório a partir dos cinco ou seis, logo vão deparar com o equilíbrio de força, no musculo ou no grito, sempre terá alguém mais forte, porque já marcou território antes, então que está chegando tem que se adaptar e ser submisso até que um dia após as adaptações possam talvez ser dominante no grupo, mas até então terá que passar pelo processo de “batizado”, fazendo o que os dominantes mandam, mesmo que seja o mais humilhante que se possar entender.

Nestes tempos e naquela Bairro viviam dezenas de alunos e sempre todo ano chegavam outros menores de sete anos para iniciar os aprendizados, e foi assim que dois meninos já adaptados no segundo ano, com oito anos, muito crianças ainda, mais recebiam irmãos e alunos de sete de uma fazenda vizinha de uns dois a três quilômetros, para iniciar suas atividades.

A recepção então era o controle dos chegantes, controle dos meninos e meninas, que eram levados a ser tocados como “gado” todo dia na saída das aulas, por um longo período do caminho, pelos dois segundo anista.

Este fato ocorreu por meses até que os entrantes não resistiram a humilhação e o medo fez com que os mesmos tivessem que abandonar o aprendizado naquela escola, e como não havia outra opção com certeza, ficaram no prejuízo de não poderem ter estes aprendizados de três anos de escolas que era oferecido.

Os dois meninos não foram confrontados, não sabiam o mal que estavam fazendo, não foram corrigidos e não sabiam até quanto eram o prejuízo que estavam provocando aquelas outras crianças que estariam ficando sem o aprendizado; não sabendo naquela época se houve ou não outra chance ou forma de aprendizado para aquelas crianças.

É certo que os pais tinham conhecimento, mas por algum motivo não conseguiram corrigir as atitudes violentas e humilhantes praticada pelos dois meninos, com reclamação ao professor, ou aos pais dos referidos meninos, que acho com certeza deveria intimidar e corrigir as atitudes dos mesmos, só lembrando que tais correções não ocorreram há época.

É certo que o tempo passou e aqueles atos não foram mais lembrados, nem outras crianças houveram a ser humilhadas e tocadas como gado, e como o tempo passa muito rápido, logo a seguir mudavam para a cidade para continuar os estudos.

O tempo passa e lá pelos dezoito anos de vida, o futebol e os times varzeanos viajavam de um bairro a outro, e foi quando então ao adentrar no armazém ao lado do campo da fazenda um destes meninos foi chamada a atenção com a indicação ao filho do vendeiro. Lembra deste, este era o menino que “atropelava, tocava” vocês da escola quando eram pequenos; situação em que foi jogado na cara do menino malfeitor o acontecido no passado há mais de dez anos, e fazendo o mesmo lembrar dos prejuízos que causou; e ainda colocando em risco de enfrentamento novamente e agora já os dois adultos, situação que acabou só na indicação e falatório, trazendo a lembrança apenas.

Não parou por ai, passado outros tantos anos, novamente em um encontra no centro da cidade, o moleque malfeitor encontra o menino vitima e o pai, agora os meninos com mais de vinte, e novamente a indicação do pai, lembra deste que “tocava” vocês da escola lá do Bairro; a intenção do pai não era “atiçar” os moços a uma litigância, a uma luta a esta altura de suas vidas, mas lembrar que havia tido algo errado lá no passado de ambos, quando eram moleques em inicio da escola, eram uma reprimenda atrasada que poderia ter ocorrido lá na época e resolvido o problema, o que não ocorreu, mas ficou marcada na vida de muitas pessoas.

O tempo passa e já estando os sobreviventes passado quase sessenta anos, os viventes ainda lembram dos atos mal ocorridos, hoje chamados de “bullying”, violência de controle, de dominação de controle de território, que mesmo as crianças na mais tenra idade têm de maldade de seus corações, coisas ruins que faz parte da natureza humana.

E certo que aqueles atos praticados ficou no passado, não teve repetição durante a vida do menino malfeitor que se tornou líder de comunidade da periferia da cidade, mesmo com diversas companhia e convivência com outros garotos violentos, viveu sem medo e pela sua liderança tinha respeito sem violência com outros meninos sempre de forma pacifica sem nunca ter brigado ou enfrentado em vias de fatos outros garotos de idade inferior ou de outras idades.

Tiveram ambos os envolvidos daqueles tempos de inicio escolar vida regular, sem ter aqueles fatos afetado o comportamento do maldoso ou vítima, ambos se tornaram pessoas boas e produtivas, pessoas regulares com vida normal, contudo aquelas feridas do passado com certeza deixaram cicatriz que não fazem ambos esquecerem que aqueles fatos ocorreram, mas com certeza não diminuíram a capacidade de cada um ter uma vida normal, e com certeza o pai que era quem lembrava dos fatos ocorridos já não mais está presente para lembrar os mesmos do ocorrido. 25/08/2021

estreladamantiqueira
Enviado por estreladamantiqueira em 11/09/2021
Reeditado em 27/01/2022
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