Educação sexual é a solução

O Brasil e muitos outros países do Terceiro Mundo enfrentam sérios problemas de altos índices de gravidez na adolescência, o que é uma séria questão social. Meninas que se tornam mães cedo frequentemente abandonam os estudos e não têm perspectivas quanto ao futuro. Tudo isso deve nos levar a pensar em quais medidas adotar para que os jovens aprendam sobre as responsabilidades quanto a uma vida sexual saudável e prazerosa para evitar consequências como uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. Educação sexual é um assunto que deve ser considerado tanto por pais quanto por educadores para que os jovens sejam devidamente orientados.

Há quem seja a favor da abstinência sexual e pregue que adolescentes não são emocionalmente maduros para ter uma vida sexual. Entretanto, temos que admitir que jovens sentem vontade de fazer sexo e não podemos fingir que isso não existe. Da mesma forma, é necessário parar de tratar a sexualidade como um tabu. Vale salientar que países que preferiram combater o problema da gravidez na adolescência e de DSTs financiando campanhas de abstinência não tiveram sucesso. Os Estados Unidos são um bom exemplo. Campanhas de abstinência, além de não investir na informação – que é muito importante – ainda podem estimular os jovens a querer fazer algo porque é proibido. Um outro problema que merece ser mencionado é a influência da religião sobre a educação. Na Itália, as escolas praticamente não têm educação sexual por causa da influência do Vaticano. Religião é assunto privado e jamais deve ser misturado com a educação.

Educação sexual deve ser levada a sério tanto pelos pais quanto pelos educadores. Já foi provado que países que investem nela, como a Suécia e Dinamarca, são os que apresentam os menores índices de gravidez na adolescência e de doenças sexualmente transmissíveis. Assim, é necessário que pais, professores e demais profissionais da área de educação discutam o assunto entre si. Inclusive, é preciso ressaltar que muitos pais, por questões de moralidade e religião, tendem a ver o sexo como pecado e não são bem informados a respeito do assunto.

Para que os jovens consigam ser bem informados e saibam como ter uma boa vida sexual e consigam se prevenir tanto de gravidezes quanto de doenças, é necessário que o sexo seja tratado de forma científica, sem preconceitos e pudores que podem atrapalhar o entendimento sobre o assunto.