FAZER PATRIMONIO, ENRIQUECER
FAZER PATRIMONIO, ENRIQUECER
Sempre digo, que não se enriquece pelo que ganha, e sim pelo que guarda, e onde guarda.
Dito isto, importante é guardar, poupar alguma coisa sempre que possível, gastar menos do que ganha, ter uma reserva, crescente, para poder usar em momentos de emergência, mas não gastar nunca, se possível for usar estas reservas crescente como poupança e de preferência em investimentos.
Muitos conseguem guardar estas poupanças em investimentos que rendem sozinho, ou seja, aumenta de valor independente de outras poupanças que estariam sendo feitos no dia a dia.
Para guardar é preciso “disciplina”, ter vocação, ter vontade, de poupar e quando tiver a poupança continuar tendo disciplina de não ter a tentação de gastar em bens sem retorno, sem a função única de investimento com fins de retorno, com fins de lucro.
É lógico que no início de vida de cada pessoa, digo início de vida, após os 12, 15, 18, 20 anos, uns começam antes, outros muito depois, e outros não começam nunca a ter o gostinho de possuir bens, de poupar, de investir em algo com retorno.
Quando falo em disciplina, muitos precisam ter um orçamento controlado, até mesmo por escrito, embora muitos tenham a vocação natural de ser econômico, de não gastar nunca se não for necessário, não for para atender as necessidades básicas da própria vida e de sua família mais próxima.
Isto implica em sempre olhar os preços das coisas básicas que necessidade no dia a dia, isto também além desta vocação, desta disciplina ainda implica em quando a pessoa está tendo de renda, receita por uma lapso, período de tempo, uns tem por capacidade artísticas, ou por treinamentos em algo que as pessoas estão requisitando em produzir algo que renda muito dinheiro, muito além da conta de salários, e acabam se tiverem outros requisitos de disciplina, investimento, poupança uma acumulação financeira muito rápida e em pouco tempo de trabalho ou esforço conseguem poupara, investir uma quantia muito grande que irá servir para várias gerações, inclusive irradiando tal fortuna entre os mais próximos, melhorando os orçamentos dos que estão pertos com luxos e vida de “rico”, contudo isto é uma minoria tão pequena que representa um em cada milhões.
A maioria que acumula, na verdade é por que trabalha muito, e quer muito ganhar um pouco mais para economizar, poupar, investir um pouco mais, mas mesmo estes somente um percentual muito pouco conseguem ultrapassar após muitos anos, talvez mais de 20, 30, ou 40 anos de luta, vida dura, trabalho dobrado a chegar em um milhão.
Como diz o filosofo Cortela, não existe a sorte, existe a preparação para se apropriar das coisas nos momentos que estas coisas estiverem acontecendo, passando perto, coisas as vezes de muito risco, então quanto melhor preparado as pessoas estejam, mais lucrarão com os fatos que estiver ocorrendo e que estivem a distância de apropriação, de investimento, e transformar o pouco, ou muito em muito mais.
Assim tendo a pessoa a vocação, sendo disciplinado, não importando o quanto ganho, gastando o mínimo, e guardando as sobras, e ainda investindo em coisas, bens de retorno financeiro, seja móvel, ou imóvel, trabalhando duro, fazendo hora extra no dia a dia, sempre disciplinado para o objetivo de se ter alguma coisa em sua vida, com o tempo o patrimônio começara a aparecer.
Os primeiros patrimônios, servirão para atender as necessidades básicas de atender a si e sua família em primeiro lugar de alimentação, manter a temperatura ideal para o corpo, de abrigo, casa, transporte, mas aquele que tem objetivo de ter um pouco ou muito mais, sempre investirá nestes itens o mínimo possível, e continuará guardando para fins de retorno, ou necessidades emergentes e assim passando o tempo, tendo guardado e não tendo havido emergências que tenha a necessidade de gastar os recursos acumulados, então estes recursos viraram poupança investimento, e quando continuará a guardar estes outros valores vão sobrepondo aos já poupados, fazendo com que o patrimônio vá crescendo, e na medida que durante a vida, não precise, não tenha emergências que necessite em gastar as economias guardadas, então este patrimônio guardado poderão continuar a crescer.
Outro fator como já dito para o crescimento é no sentido de não aumentar orçamento doméstico, pessoal ou familiar além do mínimo necessário, ter disciplina em continuar gastando o necessário e guardando o que puder com o objetivo de poupança, acréscimo de patrimônio, de preferência patrimônio de renda, que se alto multiplique no dia a dia.
Diversificar é importante, ter mais de uma cesta, pois no passar do tempo sempre alguma coisa tende a mudar, e muitas vezes um investimento em algo que esteja na moda ou dando rendimento, poderá ruir, se auto desvalorizar, e assim tendo, 2, 3, 4, 5 cestas ou mais ramos de poupança, de investimento, fará com que, mesmo quando uma ruir, trazer prejuízo, outras darão resultado positivo, fazendo com que no geral o patrimônio continue aumentando.
Importante para não parecer sovina, miserável, é após algumas necessidades básicas já atendidas, criar um projeto de gastar, até mesmo desperdiçar um percentual dos recursos do ganho do dia a dia com algum tipo de hobby de lazer, com diminuição da carga horária do trabalho e gastar um pouco do tempo com lazer, com férias, com viagem, estes gastos, que são gastos sem retorno, pode tornar a vida pessoal ou familiar mais agradável, contudo este percentual deverá ser medido e separado no orçamento para este fim, e não poderá nem deverá impedir que a poupança pare, ou seja tem que ser da parte que está ganhando, guardar um percentual, nunca gastar da parte já guardada, a não ser que seja preparado em guardar para este fim, para atingir este orçamento reservado para lazer, viagens, férias.
Necessário que está busca de melhoria não gere um aumento descontrolado de orçamento mensal, temporal, pois alguns achando que estão poupando com patrimônio, começam a comprar imóveis ou moveis de luxo, com alto custo de manutenção, na praia, no campo, lanchas, barcos, até aviões, que após alguns acúmulos disto em vez de trazer retorno, renda, acabam por terem custos proibitivos de manutenção, ruindo o patrimônio acumulado.
O pior ainda, que muitos ao adquirir estes bens de lazer, muitas vezes acabam por trazerem pessoas em excessos para usufruir destes luxos e benefícios e bancando os custos não só pessoais, mas também destes convidados, que muitas vezes em vez de ajudar a manter o patrimônio e a manutenção dos mesmos, ajudam apenas a aumentar o orçamento, ou custos orçamentários de cada período a ponto de ruir o patrimônio acumulado.
Muitos falam que “os pés de meia” são feitos para gastar, e na verdade são para isto que serve as economias, os patrimônios acumulados para uso em emergências, mas aumentar desnecessariamente os gastos com a “ruição” do patrimônio, aumentando o orçamento somente para fins de vida mais pomposa, luxuosa, fará com que haja o empobrecimento ou diminuição do patrimônio acumulado.
As pessoas que vivem a nosso redor, muito influencia no aumento do patrimônio, ou diminuição dos mesmos, o cônjuge econômico que comunga com a disciplina de aumentar os recursos acumulados, poderá contribuir muito para o aumento dos mesmos; depois de um tempo os filhos, e mesmos outros parentes mais próximos poderão contribuir, ou ajudar a ruir um patrimônio acumulado.
“Os pés de meias” não gastos durante a vida, dependendo do pais serão repassado aos sucessores, filhos, pais, irmãos, etc. na Coreia do Sul com tributação de 50%, como o caso recente da Sansung que acumulou mais de vinte bilhões de dólares e que terá que encontrar um meio de desembolsar mais de dez bilhões para o recolhimento tributário pelo falecimento do antecessor que acumulou tal fortuna. Nos EUA, tal regra é idêntica para patrimônio de estrangeiros que também o tributo é de 50% para transferir em sucessão aos herdeiros.
No Brasil dos últimos cinquenta anos tal tributo vem sendo de 4%; com governo Paulista Doria tentando elevar para 8%, parece pouco, contudo, como todos aqueles que poupam, muitas vezes não poupam em bens de liquidez, implica que por ocasião do saque deste tributo, tenha que liquidar por valor que poderá ser inferior a 50% do valor real, e assim para atingir o valor a pagar o saldo que sobra com os custos que poderão ultrapassar vinte a quarenta por cento, logicamente diminuirá em muito o patrimônio sucedido.
Na maioria das vezes os sucessores são mais de um e assim o patrimônio acumulado após deduzidas as despesas ainda serão divididos em 2, 4, 6 ou mais pessoas, isto ainda quando o patrimônio acumulado não foi feito em sociedade que não haverá continuidade e portando cada um dos sucessores ficarão com parcelas “ínfimas” do patrimônio inicial do sucedido, muitas vezes em valor menor que 5%, o que ainda seria um valor que veio de poupança alheira e que poderá ser um bom início para uma nova geração de acumulação.
Mas na maioria das vezes o Sucedido começou com muito pouco, com orçamentos diários muito pequeno, e na medida que conseguiu um patrimônio mais abastado aumentou seu orçamento, seus gastos para um luxo maior, um gasto maior, e os sucessores já usufruíram destes benefícios, e vivem com um orçamento muito maior que o Sucedido, e então após a divisão e parte pequena que lhe foi transferida, não conseguem dar continuidade as poupanças, acúmulos e aumento do patrimônio, na maioria das vezes ruindo o pouco que lhe foi sucedido, e não conseguindo então poupar, em razão de orçamentos luxuosos em que vive, acabam por se tornar “pobre” como foi seus sucedidos; daí a frase, de pai rico, filho nobre, neto pobre.
Nos países “comunista” onde não se é proibido se acumular, ter patrimônio com certeza não haverá herança, e todos são iguais na pobreza, com exceção dos controladores políticos que se apropria de todo esforço da população para viver na riqueza em quanto podem.
No entanto nos países capitalistas onde foi permitido o crescimento financeiro individual, muitas riquezas são sucedidas e muitos sucessores ao receberem conseguem após os custos financeiros da transferência usar os recursos como alavanca para aumentar muitas vezes fazendo crescer em quantias muito grandes transformando em empresas milionárias.
Warrem Buffet começou com pouco e com disciplina e no ramo de ações de empresas que foi adquirindo no curso de sua vida longo, pois já está com mais de noventa anos conseguiu acumular o que muito poucos acumularam em patrimônio, mais de cem bilhões de dólares, mas com um vida regada ao necessário, morando na mesma casa desde 1957, com carros usados recuperados de suas seguradoras, sem preocupação de exibicionismo chegou onde chegou, contudo não conseguiu passar tais capacidades aos filhos, que mesmo com os poucos que lhes foram adiantado de herança de avós, os mesmo em vez de fazer crescer gastaram e tem vidas com pouco patrimônio.
Warrem tem distribuído o patrimônio acumulado em filantropia, não sei bem, mas talvez desviando parte do caminho da sucessão para os filhos, tendo já feito 25% para fundação de Bill Gates, outro acumulador que passou do cem bilhões, e ao que parece com sua aposentadoria como executivo, pretende ter suas próprias fundações onde distribuir filantropia, sempre pensando que como é muito, não há necessidade de suceder a totalidade aos filhos que não tem interesse em acumular e aumentar, apenas em gastar o que os sucedidos acumularam.
É certo que a esmagadora maioria não tem oportunidade de acumular, poupar, uns porque não foram treinados em sua vida para tal, por que os sucedidos não tiveram oportunidade de acumular, outros por que queriam dar aos filhos vida melhor do que tiveram e acabaram por treinar os filhos serem gastadores em vez de acumuladores, sem disciplina, sem regras.
Assim estes sucessores sem disciplina, sem estas vocações apenas vieram a esta vida para usufruir dos acumulados por outros, sem preocupação, ou então são sucessores deste tipo de pessoa que também já tinham estas características. Muitos não querem acumular e é a maior parte das pessoas, que por um ou outro motivo, muitos deles com empregos públicos com renda mais que suficiente para um orçamento doméstico com padrão de vida muito boa.
Outros são herdeiros destas pensões de serviços públicos, que por interesse deixam inclusive de casar, constituir família legitima somente para continuar mamando nestes direitos amorais de pensão, passam por esta vida como gastadores destes direitos, sem poupar ou criar patrimônio.
As vezes estas pensões são pequenas, e estes pensionistas vivem vida modesta a vida inteira, mas com receio que se fizerem alguma coisa, como casar, ou ter patrimônio perderá a segurança do recebimento destas pensões, mesmo que pequenas e passam uma vida com esta pequena pensão. 18/07/2021