As "Mulheres de Marrocos": relatório do novo modelo de desenvolvimento face a desigualdade do gênero
As ativistas no campo dos direitos das mulheres manifestaram a insatisfação dos resultados do Comitê Chakib Benmoussa no quadro do seu relatório sobre o modelo de desenvolvimento e a igualdade de gênero.
Durante uma reunião realizada na terça-feira em Casablanca sob o lema "um novo modelo de desenvolvimento para com as mulheres, e as jovens", tratando das iniciativas das atores femininas cujos resultados do relatório dirigiram ao rei Mohammed VI, sobre o fracasso do sonho da igualdade do género.
A este respeito, Khadija Rabah, uma das fundadoras da Associação Democrática de Mulheres Marroquinas, considerando que as ativistas marroquinas no campo dos direitos das mulheres seguem as conclusões do relatório com muito ressentimento de insatisfação e lamentação.
Sra Rabah considerou que as mulheres marroquinas defensoras dos direitos humanos “falharam em seus sonhos de igualdade entre homens e mulheres; ao colocar no modelo de desenvolvimento a grande esperança da igualdade de gênero. ”
A mesma porta-voz destacou, no sentido do relatório do Comitê de Igualdade de Benmoussa, que "tem-se voltado a uma discussão à reforma do código de família".
As atores femininas explicaram que o modelo de desenvolvimento não separou e esclareceu a ruptura entre a velha e a nova percepção, bem como não apresentou nada no sentido de ativar a igualdade, o que não é apenas um princípio, mas sim uma questão de desenvolvimento.
Sra Khadija Rabbah acrescentou que o Comitê Benmoussa "tira o pau do meio" na questão da igualdade, sem considerá-la como uma questão fundamental para a mudança, anotando que a associação considera os direitos humanos um ponto de entrada essencial para o progresso em todos os setores do desenvolvimento.
A Associação Democrática de Mulheres Marroquinas, numa mensagem, considerando que pensar o Marrocos de 2035 significa “romper com as abordagens utilizadas há décadas, no sentido de lançar projetos de ampla mobilização para com os atores da arena política, da sociedade civil e da mídia, cujas mulheres e homens engajados a “pensar” o Marrocos, preocupados com seu futuro e responsáveis da nova geração e do seu destino. ”
Tal mensagem acrescentou:
“O Marrocos que queremos é, simplesmente, um Marrocos digno para nossas filhas e netas; base de uma renovação da percepção política e da forte vontade de manter a igualdade do sexo, num quadro da prioridades sociais, sem a sombra ou dúvida, perante as condições do desenvolvimento democrático no qual o país conhece.
Tal instância das mulheres explicou que tais workshops iniciadas “visam a mobilização de todos os atores na arena política, na sociedade civil e na mídia, considerando as mulheres e homens“, instrumentos capazes de pensar ” o Marrocos, seu futuro e seus responsáveis perante a nova geração e seu destino.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário, Marrocos