Inexistência do livre arbítrio e implicações

Cenário habitual em que a crença no livre arbítrio é hegemônica

Fulano agiu com crueldade e merece ser punido de acordo com a gravidade do seu crime, porque ele escolheu agir assim. O mais importante é fazer justiça em respeito à vítima e não de tentar regenerar o sujeito que praticou o crime.

Cenário emergente em que a crença no livre arbítrio tem sido substituída por um circunstancialismo anti-punitivista

Fulano agiu com crueldade e merece ser punido, mas, ele agiu assim porque nasceu pobre, cresceu em um lar abusivo, é negro (??)... medidas duras não regeneram o indivíduo...

Cenário ideal em que a crença no livre arbítrio é substituída pela realidade do julgamento reflexivo

Fulano agiu com crueldade e merece ser punido de acordo com a gravidade do seu crime, apesar de ter agido assim por causa de uma confluência de fatores intrínsecos: personalidade, capacidades cognitiva, emocional ... e extrínsecos ou circunstanciais (contexto), com maior influência dos primeiros.

Enquanto não for possível nos anteciparmos para prevenir** que, especialmente esses seres, pratiquem atos de crueldade contra "inocentes', eles devem ser responsabilizados, claro, a partir do momento que os cometem, mesmo que não tenham plena consciência do que fazem, se estão apenas seguindo sua programação instintiva ou menos reflexiva/autocrítica de comportamento (**que, com certeza, teria consequências profundas na sociedade humana, já que tem sido dominada justamente por esses tipos, principalmente pelos mais espertos). No mínimo e, idealmente, deveriam ser precocemente identificados, isolados do convívio contínuo e livre com outros seres, esterilizados e, em casos impossíveis de se ter pleno controle, quimicamente castrados. Ainda seria possível começar a pensar em medidas preventivas que poderiam ser instituídas no tempo presente, por exemplo, impedindo-os de adotar crianças humanas ou animais, que seria muito pouco perto do grande estrago que estão sempre causando. Com certeza que uma das mais importantes seria a de cercear suas liberdades individuais, especialmente quanto à possibilidade de conseguirem ocupar cargos de importância, mesmo os mais humildes, por exemplo, abrir um micro-empreendimento, se já sabemos que, inevitavelmente, acabarão agindo com irresponsabilidade, egoísmo, desonestidade, ganância e/ou crueldade.

Lembrando que, essa seria uma das maneiras mais "humanas" de tratá-los, especialmente a partir do terceiro cenário em que, pela confirmação da existência do julgamento reflexivo e concomitante à inexistência do livre arbítrio, podemos concluir que não é possível tirar totalmente a responsabilidade dos indivíduos humanos por suas ações. Por isso é fundamental que duas perspectivas muito relevantes sobre esse assunto sejam sempre levadas em consideração: o nosso potencial variável para agir conscientemente e as predisposições ou tendências comportamentais (percebidas) que apresentamos. Novamente, mesmo quando ou se for possível fazer prevalecer a prevenção a qualquer tipo de crime objetivamente definível, incluindo muitos que não são oficialmente considerados, a prática da justiça continuará a ser baseada na punição daquele que o pratica, em respeito à vítima, fatal ou não, e não unicamente na tentativa de correção do sujeito, tal como prega o circunstancialismo do segundo cenário.

Mais um Thiago
Enviado por Mais um Thiago em 08/06/2021
Reeditado em 22/12/2022
Código do texto: T7274353
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