BIAL E A CULTURA DO SUBMUNDO

BIAL E A CULTURA DO SUBMUNDO

ESTAMOS TODOS a vivenciar uma realidade deteriorada de seres ditos humanos influenciados pela cultura afirmativa das condições sub-humanas incentivadas pelos vícios, pelas drogas, pela soberba das ditas “elites” (que de elites não têm nada), pela preguiça, a inveja, a gula, a luxúria, a raiva, o ódio, a ira.

A SOCIEDADE globalizada, dita humana, está dominada por personagens deletérias, por autoridades supremacistas, pelo autoritarismo de lideranças que se querem empoderadas por políticas que visam tão somente favorecê-las e a seus grupos de dominação sobre as pobrezas e necessidades de multidões miseráveis, sem educação, sem cultura, sem teto, sem saúde mental, sem emprego, principalmente sem educação.

ASSISTI A UM vídeo em que o entrevistador Bial se penitencia sobre a reação de travestis a um artigo de sua autoria. Passo a transcrever literalmente o que ele disse:

BIAL: — “Olá minha gente, dá licença, olha, não é nem pela reação na internet que eu venho aqui hoje me penitenciar pelo mau uso, pelo uso infeliz de um artigo da forma descuidada que eu me referi às travestis. É pela minha consciência, consciência de alguém que eu não preciso aqui fazer a um levantamento histórico mas de alguém que tem uma história de contribuição para a causa trans. Lamento demais ter ofendido a quem quer que seja, jamais foi a minha intenção".

BIAL (CONTINUANDO): "Alguns podem até achar desproporcional a reação, a violência das manifestações contra na internet... Não acho violentas não, violenta é a vida dura, terrível, das pessoas trans, maltratadas, é uma tragédia que o Brasil tem de enfrentar. Estou aqui para dizer em primeiro lugar, que contem comigo, sempre, bem, para a mudança, a construção desse estado de coisas. Um grande beijo a todas e todos”.

NÃO COMPREENDI bem a conclusão das palavras do Bial, afinal, o Brasil todo sabe das vidas secas dos travecos urbanos e rurais. Mas, por que não ir à raiz de uma realidade e do adequado modo de a encarar e traduzi-la??? Por que nunca tocar na causa política, econômica, familiar, social, educacional, cultural que cria os milhões de travecos que podem até ser considerados matéria-prima de exportação nacional.

POR QUE NÃO considerá-los víveres comestíveis, commodities para a fabricação de outros produtos e mercadorias que são produzidas em larga escala (vídeos pornôs, por exemplo) num mercado produtor e usuário da miséria humana. Miséria agora glamurizada nos programas de TV visão de muita audiência, a exemplo do Bichas-Brother.

A REALIDADE brasileira nas “terras médias” é uma tragédia globalizada. Nas “terras mais baixas” todos sabem dela, realidade, e de alguma forma se locupletam: fartam-se, saciam-se, satisfazem-se. A vida miserável dos travecos se reflete no espelho de uma sociedade insana. De um país que tem um presidente cujo lema é “sou eu quem mando".

QUEM PODE alguma mínima coisa contra as demandas do mercado da luxúria, das drogas, das armas, dos milicianos a serviço de seus todo poderosos chefões??? De que adianta ter um “histórico de luta pela causa trans”, se essa é uma causa perdida??? Quem poderá reverter as misérias acumuladas nessas vidas áridas, sinistras, macabras??? E alegres, porque segundo opinião de muita gente: a “alegria é a prova dos nove”.

NINGUÉM QUER encarar a mudança na estrutura da cultura e da civilização que produzem travecos e quejandos. Ninguém fala quem é particularmente responsável por essa cultura deletéria que vem, principalmente, da programação TV visiva da qual Bial é um suporte. E lá está ele no vídeo, todo risonho, oferecendo charme a todos os ouvintes de seu programa de “Entrevistas com Bial”, sorriso largo, aberto, esperto, simpático.

BIAL É PARTE vital da cultura tropicalista na qual toda essa gente faz parte da realidade de um país “divino maravilhoso”. De “um país abençoado por deus e bonito por natureza”. O programa do Bial é parte integrante da realidade exposta nas misérias mais superficiais do país latino mais viscoso, mais gelatinoso, mais xaroposo e maçante que existe nas Américas e na Mesoamérica. País de muita cachaça e de pouca oração, segundo o humor do Papa Francisco.

A QUANTIDADE de pessoas que desejam sair desse glamuroso estado de misérias mil, arriscando-se a perder suas economias, seu dinheiro, suas vidas secas, seu suposto amor febril pelo Brasil ao arriscar a travessia pela fronteira EUA/México, não está nos gibis cinematográficos de Hollywood. Está num país que não lê, de um povo que mal fala, mal ouve, mal vê, como afirmava Monteiro Lobato. Bial é o Paulo Coelho da TV visão.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 28/05/2021
Reeditado em 01/06/2021
Código do texto: T7266324
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