EXPLICANDO AS RAZÕES DO MEU DEMORADO SILÊNCIO

Prólogo

“Eu te seguirei, Senhor, mas deixa primeiro que eu vá me despedir do pessoal de minha casa.”. – E, Jesus lhe respondeu: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino de Deus.”. — (Lucas 9,57-62).

Quando Deus convoca, por sonho ou “insight” inexplicável, não é possível colocar nada como mais prioritário, mesmo que seja um mandamento: ou se escolhe segui-lo radicalmente ou se continua caminhando entre os "mortos", participando de maquinações medonhas e complôs vergonhosos.

Comigo aconteceu num “insight”. Compreendi ser possível jogar uma pá de cal num período do passado tenebroso, superar meus medos e limites sem a necessidade de superar ninguém; perdoar de forma incondicional, sem ressentimentos, para não atrasar minha evolução espiritual! Nessa ocasião senti haver evoluído um pouco e por isso resolvi escrever o texto: “A VERDADE NÃO É FÁCIL E INCOMODA”.

Ademais, creio, piamente, isto é, com absoluta convicção, que meu escrito tardio serviu de incentivo e tocou à consciência de um dos envolvidos na sanha a ponto de me enviar a mensagem sincera de seu arrependimento: "... peço perdão pelo meu ato covarde e impensado quando poderia ter gritado e evitado um erro tão grave contra um profissional de seu nível. – Sinceramente arrependido. Assina: xxxxxxxxx Subtenente R/1”. — (SIC).

UMA MENSAGEM RECEBIDA

“Bom dia. Meu nome é Otacílo Queiroz e sou estudante de jornalismo. Recebi de um amigo o link de seu texto, publicado no Recanto das Letras, intitulado A VERDADE NÃO É FÁCIL E INCOMODA. O texto foi dividido em três fases. Li também o mais recente artigo UM PEDIDO DE PERDÃO DEPOIS DE 37 ANOS. Pelo que entendi o primeiro texto trata de uma perseguição sem trégua a um profissional que precisava ser punido disciplinarmente, mas não de forma tão severa. O outro texto versa sobre o provável arrependimento de um dos envolvidos no complô. Sem querer discutir o mérito das razões e contrarrazões pergunto: Por que o senhor demorou tanto tempo para escrever A VERDADE NÃO É FÁCIL E INCOMODA? Pergunto ainda: O senhor perdoou mesmo todos os envolvidos nessa diabólica trama? Desde já agradeço sua melhor resposta. Ass. Otacílio.”. — (SIC).

MINHA RESPOSTA

Eu sei que o bacharel em Jornalismo trabalha na busca de informações e na sua divulgação por meio de veículos de comunicação, como jornais, revistas, rádio, TV e internet. É o profissional da notícia.

No seu dia a dia, ele investiga e divulga fatos e informações de interesse público, redige e edita reportagens, faz entrevistas e escreve artigos, adaptando o tamanho, a abordagem e a linguagem dos textos ao veículo e ao público a que se destinam.

Destemido, sempre atento aos que me leem, responderei as perguntas, mas antes de escrever solicitei ao senhor Otacílio a devida autorização para usar a mensagem dele, neste texto, à guisa de resposta, visando esclarecer as dúvidas. Certamente centenas de leitores gostariam de saber os motivos de minha demora para escrever o texto “A VERDADE NÃO É FÁCIL E INCOMODA”.

No contexto do artigo “UM PEDIDO DE PERDÃO DEPOIS DE 37 ANOS” escrevi de forma clara e objetiva: “Eu já o perdoei e a todos os demais militares hoje na reserva e outros falecidos precocemente (Que o misericordioso Deus os tenham sob sua excelsa luz).”

Escrevi também: “Perdoei a todos pelo fato de nunca haver me considerado punido, mas sim por servir de instrumento para um vergonhoso propósito mais destrutivo do que construtivo. O perdão é uma das coisas mais libertadoras que alguém pode conceder.”. — Eu me libertei!

AS MALQUERENÇAS CONSOMEM ATÉ PESSOAS DO BEM

Vivemos tempos difíceis. A atual pandemia é uma provação dura para todos os seres viventes no planeta Terra. A sociedade clama por emprego com salários justos, saúde, educação, segurança, moradia e outras ações governamentais que melhorem a qualidade de vida. Tudo em vão! Os discursos triunfalistas ganham corações e mentes.

A felicidade é uma ditadura imperiosa e o sofrimento é fruto da falta de fé, mas também da desesperança; dos horrores provocados pelos crimes hediondos contra mulheres, crianças, idosos e animais. Mesmo assim os testemunhos mirabolantes e as “unções” irresistíveis que derrubam quem chega ao pódio do progresso, por mérito, continuam em alta.

Os complôs contra bons profissionais de todos os níveis, em todos os segmentos sociais, continuarão sendo perpetrados em todo o planeta pelos ressentimentos desmedidos, inveja, cupidez e divergências de interesses escusos.

CONCLUSÃO

Fui alvo de uma comprovada sanha ou animosidade gratuita, mas a real causa da demora para eu escrever o texto “A VERDADE NÃO É FÁCIL E INCOMODA” foi a compreensão tardia de uma verdade na qual hoje acredito. Entendo que recordar, falar e escrever sobre o ontem feliz ou sofrido, é bom para transmitir experiência e viver o hoje baseado nas lições do passado.

A escrita de minha denuncia prejudicou-me por um certo tempo, mas isso resgatou minha dignidade, honra e pundonor, isto é, aquilo de que não se pode abrir mão, sob a ameaça de ser ou sentir-se desonrado. Certamente meu escrito fará outras pessoas compreenderem que toda forma de saber nasce de uma dúvida.

Meus diletos leitores precisam acreditar no esplendor de um amanhã sem malquerenças, perseguições ou tramas visando impedir o progresso de pessoas do bem. Não há dúvida: O que prende invejoso e invejado, um ao outro, são as conveniências pessoais, profissionais e socioeconômicas!

Não nos merece quem nos desrespeita, quem nos vilipendia em benefício de um ego estribado na arrogância e/ou rudeza extremada. O cair de vez em quando é essencial para aprendermos a nos levantar e seguir em frente sem mágoas, sem ressentimentos contra quem nos provocou o tombo com uma rasteira desleal e sem aviso prévio.

Enfim, demorei muito tempo para enxergar num abismo recôndito da mente, como se estivesse em um transe reflexivo, para vislumbrar positividades nas adversidades passadas. Compreendi ser possível superar limites sem a necessidade de conspurcar ninguém! Senti haver evoluído e por isso resolvi escrever o texto: “A VERDADE NÃO É FÁCIL E INCOMODA”.

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.